Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10400.14/36014
Título: O empenhamento organizacional dos enfermeiros face ao paradigma atual da enfermagem
Autor: Nunes, Elisabete Maria Garcia Teles
Gaspar, Maria Filomena Mendes
Rabiais, Isabel Cristina Mascarenhas
Palavras-chave: Empenhamento profissional
Enfermeiros
Data: 2014
Resumo: Introdução: O empenhamento profissional ocupa lugar de destaque pelas mudanças no mercado de trabalho, como reestruturações organizacionais, redução de pessoal e subcontratação dos trabalhadores, situações que ocorrem na profissão de enfermagem. O empenhamento profissional é a intensidade da identificação numa profissão envolvendo a crença, aceitação dos objetivos e valores dessa profissão, a prontidão em exercer um esforço em prol da mesma e um desejo de permanecer na profissão, tendo subjacente a noção da lealdade, responsabilidade, identificação e vínculo. Objetivos: Os objetivos deste estudo consistem em descrever o empenhamento profissional dos enfermeiros e analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e o empenhamento profissional. Metodologia: Amostra de conveniência com 342 enfermeiros. Utilizou-se a Attitudinal Commitment Scale validada para a população Portuguesa por Santos (2008). É constituída por 20 itens representando entusiasmo, satisfação, interesse, desafio, recompensa, relevância da enfermagem como profissão e identificação com o papel de Enfermeira(o). Exemplo: “Penso que a enfermagem tem uma fraca imagem profissional”. Utiliza-se escala tipo Likert de 1 a 5, equivalendo (1) Discordo Totalmente e (5) Concordo Totalmente. Ponto de corte no 2,5. Variáveis sociodemográficas: idade, género, estado civil, habilitações académicas, tipo de vínculo, antiguidade profissional, organizacional e na unidade. Resultados: O empenhamento profissional apresenta a média de 3,70 e a mediana de 3,82, o desvio padrão situa-se entre 0,59 e 1,33. Verifica-se uma correlação estatisticamente significativa com o tempo em que o enfermeiro permanece na unidade onde desempenha funções, sendo que esta correlação tem uma magnitude muito baixa e negativa (r=-0,11 para p<0,05). Verifica-se que existe diferença estatisticamente significativa relativamente ao género: as enfermeiras apresentam-se mais empenhadas na profissão do que os enfermeiros (3,82 versus 3,64). Os elementos casados/união de facto, licenciados e com vínculo a tempo indeterminado/termo incerto apresentam valores superiores de empenhamento profissional relativamente aos outros elementos do grupo, apesar de as diferenças não serem estatisticamente significativas. Conclusões: Apesar das mudanças organizacionais, condicionadas pela profunda crise económica que o país atravessa, obrigarem a alguns condicionalismos, verifica-se que os enfermeiros se apresentam bastante empenhados profissionalmente. Esta situação poderá estar relacionada com o paradigma atual, caracterizado por uma maior mobilidade, onde o desenvolvimento do potencial individual assume particular relevância. Conclui-se ainda que o tempo de permanência na unidade condiciona negativamente o empenhamento profissional, na mesma linha de pensamento, levanta-se a questão sobre a existência de alguma acomodação por parte dos enfermeiros quando aumenta o tempo de serviço na mesma unidade, deixando de procurar novos desafios e novas experiências de aprendizagem.
Peer review: yes
URI: http://hdl.handle.net/10400.14/36014
ISSN: 0874-0283
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