Utilização de insetos na alimentação humana e animal

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2016

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Resumo

Prevê-se que a população mundial venha a atingir 9 bilhões de pessoas em 2050. Para conseguir alimentar esta população a produção de alimentos terá de ser quase o dobro da atual. A terra arável é escassa e a expansão da área dedicada à agricultura raramente é uma opção viável ou sustentável. Os oceanos estão sobre explorados e as mudanças climáticas e a escassez de água podem vir a ter implicações profundas na produção de alimentos. A nível mundial existem atualmente cerca de 1 bilhão de pessoas com escassez de recursos e que passam fome. Tendo isso em conta deveremos avaliar e reavaliar o que consumimos e produzimos para criar uma forma de produção mais sustentável e que chegue a todos, como por exemplo reduzindo o desperdício de alimentos. Contudo, será também preciso encontrar novas formas de cultivo e de produção para tudo aquilo que consumimos. Em várias regiões do planeta os insetos edíveis têm sido uma parte da dieta humana. Contudo, noutras sociedades existe um grau de aversão ao seu consumo. Embora a maioria dos insetos recolhidos a partir de habitats florestais sejam comestíveis, a inovação em sistemas de criação em massa já começou em muitos países. Estes animais são uma possível solução pois são fáceis de produzir e podem ser criados à base de subprodutos agroalimentares. Assim, estes podem oferecer uma oportunidade significativa para juntar a ciência e os conhecimentos tradicionais tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, possibilitando a criação de uma nova fonte alimentar. Estes seres vivos podem contribuir no futuro próximo para uma alimentação mais saudável, sustentável e que chegue a todos, mas para que isso seja possível é necessário criar regulamentos, diretivas e decretos de lei, tanto a nível nacional como a nível europeu, que permitam a sua produção e que esclareçam quais podem ser consumidos, produzidos e como devem ser produzidos em larga escala, ou seja, métodos e regras de produção. Neste momento a legislação ainda é escassa e pouco clara.
The world is expected to have 9 billion people by 2050. To be able to feed this population, the current food production will have to be nearly doubled. The land is scarce and the expansion of the area devoted to agriculture is rarely a viable or sustainable option. The oceans are over exploited and climate change and related water shortages can have profound implications in food production. Today there are nearly 1 billion people who have limited resources and starving in the world. So we have to evaluate and re-evaluate what we eat and produce in order to create a more sustainable production and reach everyone, for example by reducing food waste. Moreover, we need to find new farming technics and production processes for everything that we eat. The edible insects have always been part of the human diet in several world regions. However, in some societies there is still a degree of aversion to its use. Although most insects collected from forest habitats, are edible, innovation in mass production systems started in many countries. These animals are a possible solution as they are easy to produce and can be raised with agriculture sub products. Thus, these can offer a significant opportunity to bring together science and traditional knowledge in both the developed and the developing countries, allowing the creation of a novel food source. These living beings can be the near future to a more healthy, sustainable and reach everyone, but for this to be possible its important to create regulations, directives and law decrees at both national and European level, in order to allow their production and to clarify which can be consumed, produced and how they must be produced on a large scale, that is, methods and rules of manufacturing. At this time the law is still scarce and unclear.

Descrição

Orientação: Daniel de Moura Murta

Palavras-chave

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA, VETERINÁRIA, INSETOS, ALIMENTAÇÃO, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, RISCO, INSECTS, FEEDING, FOOD AND NUTRITION SECURITY, RISK, VETERINARY MEDICINE, MEDICINA VETERINÁRIA, ALIMENTAÇÃO ANIMAL, ANIMAL FEEDING

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