Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/22974
Título: Iberismo, hispanismo e os seus contrários : Portugal e Espanha (1908-1931)
Autor: Ferreira, Paulo Rodrigues, 1984-
Orientador: Matos, Sérgio Campos, 1957-
Pereira, Maria da Conceição Meireles, 1960-
Palavras-chave: Iberismo
Portugal - Relações - Espanha
Espanha - Relações - Portugal
Teses de doutoramento - 2016
Data de Defesa: 2016
Resumo: O iberismo é um conceito que, tendo começado a ser discutido desde meados do século XIX, foi evoluindo e encontrando ramificações consoante as transformações político-económicas ocorridas em Portugal e Espanha. Se no início se recorria a iberismo para advogar a união ibérica, ou a integração das nações peninsulares num espaço territorial, político e económico mais vasto, a partir das últimas décadas do século XIX surgiram novas interpretações. Autores como Oliveira Martins, Miguel de Unamuno, António Sardinha, Fidelino de Figueiredo ou Fernando Pessoa socorreram-se de termos como hispanismo ou peninsularismo, defendendo iberismos culturais e espirituais que respeitavam as diferenças de cada país. As crises coloniais finisseculares (o Ultimatum, de 1890, e o Desastre, de 1898) contribuíram para dotar o iberismo de novos sentidos. Hispano-americanismo ou pan-hispanismo eram expressões que designavam projectos culturais e políticos envolvendo os países ibéricos e americanos numa comunidade transnacional baseada numa partilha civilizacional. Partindo da imprensa e de fontes como as existentes nos arquivos do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Espanha, incluindo relatórios e correspondência de diplomatas, bem como textos de outras figuras políticas e intelectuais, tentar-se-á, para além de situar os múltiplos sentidos do iberismo nas histórias contemporâneas de Portugal e Espanha, identificar as respostas oferecidas pelos iberismos e hispanismos para as crises peninsulares e perceber por que motivos, para diversos nacionalistas portugueses, qualquer tentativa de aproximação ibérica era considerada um sinal de decadência e de degenerescência moral. Pretendendo avaliar a relevância dos nacionalistas que desprezavam o iberismo, aprofundar-se-á o estudo do anti-iberismo não apenas a partir de fontes como as indicadas, mas também de documentos como os do Arquivo da Sociedade Histórica da Independência. Para além de serem essenciais para o tratamento estatístico dos sócios, os livros e ficheiros existentes no arquivo desta Comissão e a imprensa foram indispensáveis para traçar o perfil sociopolítico dos seus membros e para acompanhar as polémicas anti-iberistas em que se envolveram.
El iberismo es un concepto que, si bien comenzó a ser discutido a mediados del siglo XIX, fue evolucionando y encontrando ramificaciones de acuerdo con los cambios políticos y económicos. Si al inicio el iberismo abogaba por la unión ibérica, o la integración de las naciones peninsulares en un espacio territorial, político y económico más vasto, a partir de las últimas décadas del siglo XIX surgieron nuevas interpretaciones. Autores como Oliveira Martins, Miguel de Unamuno, António Sardinha, Fidelino de Figueiredo o Fernando Pessoa recurrieron a términos como hispanismo o peninsularismo, defendiendo un iberismo cultural que respetaba las diferencias de cada país. Las crisis coloniales finiseculares contribuyeron a dotar el iberismo de nuevos sentidos. Hispanoamericanismo o panhispanismo eran expresiones que designaban un proyecto cultural y político que comprendía los países ibéricos y americanos en una comunidad basada en un reparto civilizador. Partiendo de la prensa y de fuentes como los archivos del Ministerio de Asuntos Exteriores de Portugal y España, de congresos celebrados en ambos países, o de intercambios epistolares, se intentará, además de situar los múltiples sentidos del iberismo en las historias contemporáneas de Portugal y España, identificar las respuestas ofrecidas por el iberismo o el hispanismo para las crisis peninsulares y entender por qué motivos, para varios nacionalistas portugueses, cualquier tentativa de aproximación ibérica era considerada una señal de decadencia y de degeneración moral Pretendo valorar la relevancia de los nacionalistas .que combatían el iberismo, profundizando en el estudio de los anti-iberismo, no sólo a partir de fuentes como las indicadas, si no también con la documentación del Arquivo da Sociedade Histórica da Independência. Además de ser esenciales para el tratamiento estadístico de los miembros, los libros de socios y los ficheros existentes en el archivo de esta comisión, serán determinantes junto con la prensa para trazar el perfil sociopolítico de sus miembros y para acompañar las polémicas antiiberistas en que se enzarzaron.
Descrição: Tese de doutoramento, História (História Contemporânea), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2016
URI: http://hdl.handle.net/10451/22974
Designação: Doutoramento em História
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