Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/26731
Título: Non‐celiac gluten sensitivity : a real disease?
Autor: Fernandes, Inês Cristina Ferreira
Orientador: Alves, Manuel Martins
Palavras-chave: Doença celíaca
Dieta livre de glúten
Oligossacarídeos
Hipersensibilidade a trigo
Glutens
Gastroenterologia
Data de Defesa: 2016
Resumo: The past years have seen an increase in the use of a gluten-­‐free diet (GFD) outside a diagnosis of coeliac disease (CD) or wheat allergy (WA). This trend has led to the identification of a new clinical entity termed non-­‐celiac gluten sensitivity (NCGS), which has clinical features that overlap with those two previously mentioned. The onset of symptoms in patients with NCGS can occur within hours or days of gluten ingestion and the prevalence of NCGS is estimated to round 6%. The pathophysiologic process is thought to be through an innate immune mechanism, whereas CD and WA are autoimmune-­‐ and allergen-­‐ mediated, respectively. However, NCGS is not without its controversies and uncertainties, in particular pertaining to whether it is gluten or non-­‐gluten components of the grain evoking symptoms; evidence suggests that dietary triggers other than gluten, such as FODMAPs (fermentable oligosaccharides, disaccharides, monosaccharides, and polyols), as well as amylase-­‐trypsin inhibitors may be implicated. Moreover, emerging evidence suggests that NCGS can be associated with other gastrointestinal pathologies such as irritable bowel syndrome (IBS). Currently, no specific laboratory biomarkers are available to diagnose NCGS. Exclusion of CD and WA is necessary in the evaluation of a patient suspected to have NCGS, followed by an elimination diet of gluten-­‐containing foods to evaluating whether health improves and a monitored open challenge to document the recurrence of gastrointestinal and/or extraintestinal symptoms associated with the reintroduction of gluten. However, one should bear in mind that most patients suspected to have NCGS have already initiated a GFD at the time of an evaluation. Additional research studies as well as novel techniques that might help diagnose NCGS in the future are essential to promote a better understanding of NCGS and to identify a biomarker to facilitate diagnosis and patient selection for proper management.
Nos últimos anos, têm-­‐se observado uma grande adesão a uma dieta sem glúten, em situações que vão para além da doença celíaca ou alergia ao trigo. Esta tendência tem levado ao reconhecimento de uma nova patologia, denominada sensibilidade ao glúten não celíaca, que apresenta características clínicas que se sobrepõem às duas outras condições. A manifestação de sintomas nos doentes com sensibilidade ao glúten não celíaca, pode surgir dentro de horas ou dias após a ingestão do glúten e, estima-­‐se que a prevalência da doença ronde os 6%. Pensa-­‐se que a sua fisiopatologia se deve a um mecanismo de imunidade inata, enquanto que na doença celíaca e na alergia ao trigo, o mecanismo responsável é autoimune e mediado por alérgeno, respetivamente. No entanto, a sensibilidade ao glúten não celíaca apresenta várias controvérsias e incertezas, nomeadamente sobre se é o glúten ou outros elementos dos cereais que provocam a sintomatologia. Diversas evidências sugerem que existem outros fatores responsáveis além do glúten, nomeadamente os FODMAPs (Oligosacarídeos, Dissacarídeos, Monosacarídeos e Polióis Fermentáveis) e os inibidores amilase-­‐ tripsina. Além disso, estudos recentes sugerem que a sensibilidade ao glúten não celíaca pode estar associada a outras patologias gastrointestinais como o síndrome do intestino irritável. Atualmente, não há biomarcadores laboratoriais específicos disponíveis para diagnosticar a doença. Na avaliação de um doente com suspeita de sensibilidade ao glúten não celíaca, é imperativo excluir a doença celíaca e a alergia ao trigo, assim como instituir uma dieta com a eliminação dos alimentos que contêm glúten, para se avaliar se existe alguma melhoria clínica e, posteriormente, fazer a reintrodução do glúten, para documentar a eventual recorrência de sintomas gastrointestinais e extra-­‐intestinais. No entanto, é importante salientar que, na altura da avaliação, a maioria dos doentes com suspeita da doença já terá iniciado previamente uma dieta sem glúten. Estudos de investigação adicionais, assim como a aposta em novas técnicas de diagnóstico da doença, são aspetos cruciais a desenvolver no futuro. A identificação de biomarcadores para um diagnóstico definitivo e rigoroso e uma melhor compreensão da doença, são elementos fundamentais para otimizar os cuidados aos doentes.
Descrição: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2016
URI: http://hdl.handle.net/10451/26731
Designação: Mestrado Integrado em Medicina
Aparece nas colecções:FM – Trabalhos Finais de Mestrado Integrado

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