O bem-estar psicológico e o conceito de si na velhice

Abstract

A presente investigação analisa o Bem-Estar Psicológico na velhice a partir do referencial teórico-empírico que dá sustentação ao modelo de BEP de C. Ryff. Tema de interesse, o domínio da fase adultícia é designado por Seligman e Csiksentmihalyi (2000) de psicologia positiva. Os modelos de Bem-Estar congregam experiências subjectivas do passado, do presente ou do futuro. O BEP é aqui explorado na sua relação com o Conceito de Si e a saúde mental, sendo este uma qualidade de funcionamento construída em referência aos outros e ao mundo. O relacionamento intersubjectivo é matriz e base da construção identitária e do BEP (Novo, 2003). O objectivo geral é um estudo exploratório, no contexto brasileiro, no campo do BEP na velhice, identificando e caracterizando os aspectos associados ao contexto da vivência da saúde e às percepções pessoais representadas pelo Conceito de Si. A amostra foi constituída por participantes de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 65 anos. integrados na comunidade, apresentando boas condições de saúde física e psíquica. O estudo é descritivo e correlacionai, assente numa metodologia transversal. Os instrumentos de avaliação foram: Teste Cognitivo Mini Mental State (rastreio). Ficha de Caracterização Demográfica e as Escalas de Bem-Estar Psicológico (Ryff. 1989b; Ryff & Keyes, 1995) e a Escala do Conceito de Si - TSCS-2 (Fitts & Warren, 1996). Inicialmente a amostra global foi caracterizada quanto aos seus aspectos psicológicos e numa segunda etapa caracterizaram-se os grupos constituídos: Bem-Estar Psicológico Reduzido e Bem-Estar Psicológico Elevado. Os dados revelaram ser o BEP possível nesta fase da vida, tendo o Conceito de Si como factor importante. O modelo de BEP aqui perspectivado não elimina a dor, a doença ou os conflitos inerentes ao ser humano, mas possibilita integrar os múltiplos aspectos do self.

The present inquiry analyzes Psychological Well-being (BEP) in the oldness from the theoretician-empiric referential which gives sustentation to the model of Psychological Well-being of C. Ryff. Subject of interest, the control of the oldness process is appointed as positive psychology by Seligman and Csiksentmihalyi (2000). The model of Psychological We!l-Being gather past, present or future subjective experiences. The general objective is to carry out an exploratory study, in the Brazilian context, in the field of Psychological Well-being in oldness. by the identification and the characterization of possible configurations of this Well-being. Beyond this aspect, the inquiry still aims to verify the question of the Oneself Concept and its correlations with Psychological Well-being. To reach this objective, a sample of citizens of both sex was studied, aging 65 years or more, enclosed in the community, presenting good conditions of physical and psychic health. The employed methodology is descriptive, transversal and corelational. The assessment battery included : Mini Mental State Cognitive Test; Demographic Characterization Card; Psychological Well-being Scales (Ryff. 1989b; Ryff & Keyes, 1995) and Oneself Concept Scale - TSCS-2 (Fitts & Warren, 1996). In the first stage of the study, it is characterized global sample according to psychological aspects. In the second stage, the following groups were characterized: one of Reduced Psychological Well-being and another of Raised Psychological Well-being. Based on the presented theoretical picture, data analysis was made. It disclose to be possible Psychological Well-being in this phase of life. The Oneself Concept seems to be an important factor when the citizen auto-evaluates Psychological Well-being in oldness. The presented Psychological Well-Being model does not exclude pain, sickness or the conflicts inherent to human kind, but it enables to integrate the multiple features of self.