Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10451/44847
Título: | Um olhar não heteronormativo sobre mobilidade e permanência em espaço urbano |
Outros títulos: | A non-heteronormative look at mobility and permanence in urban space |
Autor: | Coletivo Aleph Santos, Ana Rita Barreno Lalama, Andres Ribeiro, André Vieira, Emanuella Silva, Katielle Queirós, Margarida |
Palavras-chave: | Identidade e expressão de género Orientação sexual Espaço urbano Mobilidade |
Data: | 2020 |
Editora: | CICS.NOVA |
Citação: | https://doi.org/10.4000/sociologico.9036 |
Resumo: | O projecto do Coletivo Aleph centrou-se na discussão dos quotidianos em espaço urbano de pessoas com diferentes identidades, expressão de género e orientação sexual. Estes quotidianos que
têm lugar em áreas públicas abertas (praças, ruas, jardins, parques), em espaços semipúblicos
de recreação e lazer (cafés, academias, clubes desportivos, centros comerciais, etc.) e em espaço privado (em casa), são desafiados quando se questiona quem os concebeu e para quem foi
projectada a cidade. Com efeito, nem todos esses espaços “socialmente aceites” são inclusivos,
garantem segurança, promovem afectos e conforto. Talvez por serem pensados e projectados
a partir de lentes heteronormativas, as suas características produzem efeitos diferenciados na
mobilidade, permanência, segurança e, não raras vezes, produzem práticas excludentes. Perguntamos, assim, se esses espaços não são, em última análise, aqueles que permitem a presença, a
mobilidade e a acção de certos grupos e pessoas, mas inibem o pleno acesso de outras, levando
ao debate sobre os direitos humanos, cidadania e direito à cidade. A crítica foi desenvolvida por
esta investigação culminou na elaboração de um webdocumentário (ferramenta digital disponível
em http://www.ceg.ulisboa.pt/mpps/#3).
O instrumento comunicacional então utilizado para apresentar a nossa pesquisa (o webdocumentário) explora conteúdos relacionados com a experiência urbana de jovens estudantes universitários
com diferentes identidades, expressão de género e orientação sexual, que narram, discutem e
criticam o espaço urbano concebido segundo as lentes heteronormativas. Esta crítica é sustentada
através das histórias dos sujeitos envolvidos e voluntários na nossa investigação. A metodologia
que o Coletivo Aleph utilizou para a recolha de informação centrou-se nas técnicas qualitativas
da narrativa, sob a forma de storytelling, storymapping, e go-along techniques, tendo resultado
em mapas, fotos, registos escritos, áudios e infográficos que ilustram a vida urbana dos e das
participantes. Além das narrativas obtidas sob os referidos formatos, foi utilizada uma aplicação
em que foram registados os pontos-chave dos seus quotidianos urbanos, expressando assim as
sensações/atmosferas de acolhimento, repulsa, tranquilidade, liberdade, etc. Este artigo explora
os objectivos, metodologia e resultados a que o Coletivo chegou. The Coletivo Aleph project focused on the debate of everyday life in an urban space of people with different identities, gender expression and sexual orientations. These daily lives that take place in open public areas (squares, streets, gardens, parks), in semi-public spaces for recreation and leisure (cafés, gyms, sports clubs, shopping centers, etc.) and in private spaces (at home), are challenged when the questions who designed them and for whom the city was planned. This means that not all of these “socially accepted” spaces are inclusive, guarantee security, or promote affection and comfort. Perhaps because they are thought and designed through heteronormative lenses, their characteristics produce different effects on mobility, permanence, safety and, not uncommonly, produce exclusive practices. We ask, therefore, if these spaces are not, ultimately, those that allow the presence, mobility and action of certain groups and people, but inhibit the full access of others, leading to the debate on human rights, citizenship and the right to the city. The criticism developed by this investigation culminated in the development of a webdocumentary (digital tool available at http://www.ceg.ulisboa.pt/mpps/#3). The communicational instrument used to present our research (the webdocumentary) explores contents related to the urban experience of young university students with different identities, gender expression and sexual orientation, who narrate, discuss and criticize urban space designed according to heteronormative lenses. This criticism is supported by the stories of the subjects involved and volunteers in our investigation. The methodology that Coletivo Aleph used to collect information focused on qualitative narrative techniques, in the form of storytelling, storymapping, and go-along techniques, resulting in maps, photos, written records, audios and infographics that illustrate the urban life of the participants. In addition to the narratives obtained under the aforementioned formats, an application was used in which the key points of their urban daily lives were recorded, thus expressing the sensations/atmospheres of welcome, repulsion, tranquility, freedom, etc. This article explores the objectives, methodology and results reached by Coletivo. |
Peer review: | yes |
URI: | http://hdl.handle.net/10451/44847 |
DOI: | 10.4000/sociologico.9036 |
Versão do Editor: | https://journals.openedition.org/sociologico/9036 |
Aparece nas colecções: | IGOT - Artigos em Revistas Nacionais |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
coletivo Aleph_2020.pdf | 683,81 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.