Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/45282
Título: Do Brasil para África: O café na viragem do Império Português (1807-1850)
Autor: Souza, Alan De Carvalho
Orientador: Monteiro, Nuno Gonçalo
Rodrigues, Eugénia
Palavras-chave: Café
império português
colônias africanas
comércio atlântico
Coffee
Portuguese empire
African colonies
Atlantic trade
Data de Defesa: Fev-2020
Resumo: Alicerçada nas correspondências dos governadores e nos projetos debatidos no parlamento português, esta tese analisa a implantação da lavra cafeeira nas possessões de Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe na primeira metade do século XIX. Nesse período, a cultura do café no ocidente passou por duas fases: primeiramente o aumento da demanda e a valorização comercial do grão após a revolta e consequente independência do Haiti, que afetaram sua oferta no mercado Atlântico, e, em seguida, a queda do preço e a popularização do consumo. Naquele momento, o Brasil tornava-se seu maior produtor, beneficiando-se do aumento da oferta de mão de obra devido à intensificação do desembarque de escravizados, que, posteriormente, foi mantido em crescimento em razão do avanço da lavoura do café; a exportação de africanos para o Brasil, por outro lado, dificultou a implementação/expansão da cultura nos domínios portugueses no Atlântico. A maior lucratividade do escambo humano, aliada à alta taxa de entrada sobre os gêneros oriundos das possessões no reino, foram um entrave para o desenvolvimento e a transformação das possessões em produtoras agrícolas. Durante esse processo de transformação e adequação das possessões, o café assumiu o protagonismo sendo considerado o substituto mercantil do escravizado na viragem do império para África.
Based on the correspondence from Portuguese governors and the projects discussed in parliament, this thesis analyzes the implantation of coffee cultivation in the Portuguese colonies of Cape Verde, Angola and São Tomé and Príncipe during the first half of the 19th century. In that period, coffee cultivation in the West experienced two phases: first, the increase of the demand and commercial value of the coffee grain after the revolt and consequent independence of Haiti, which affected the Atlantic market, and, secondly, the fall in prices and the popularization of its consumption. In that very moment, Brazil became the largest producer, benefiting from the increase in the supply of labor due to the intensification of the landing of slaves, which, afterwards, was kept growing due to the advance of coffee plantations. The exportation of Africans to Brazil, on the other hand, hampered the implementation / expansion of coffee cultivation in the Portuguese domains in the Atlantic. The greater profitability of human barter, coupled with the high rates on goods from the colonies entering Portugal, hampered the development and transformation of possessions into agricultural producers. During this process of transformation and appropriation of the West African colonies, the coffee assumed the protagonism being considered the mercantile substitute of the enslaved in the turn of the empire from Brazil to Africa.
URI: http://hdl.handle.net/10451/45282
Designação: Tese de doutoramento, História, Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, 2020
Aparece nas colecções:ICS - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
ULSD896955_td_Alan_Souza.pdf3,14 MBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpace
Formato BibTex MendeleyEndnote 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.