Isso aquí nao e vida pra voce : masculinidades e nao violencia no Rio de Janeiro, Brasil

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2017

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Homicídios e outras formas de violência permanecem elevadas em contextos de baixa renda no Rio de Janeiro. Enquanto esta violência afeta esmagadoramente os homens jovens, pobres e negros, a relação entre esta violência e as normas de gênero tem recebido relativamente pouca atenção. Além disso, as pesquisas têm examinado de forma escassa a interação entre violência urbana e violencia familiar ou nas relações íntimas. Enquanto muitas pesquisas têm analisado as trajetórias rumo à violência em vários contextos, apenas um conjunto limitado de estudos tem-se centrado nos fatores que promovem a não violência. Nas favelas e em outras comunidades de baixa renda e marginalizadas no Rio de Janeiro, os meninos são expostos desde cedo a múltiplas formas de violencia no lar e nas suas comunidades. Meninos e jovens do sexo masculino têm poucas oportunidades econômicas atraentes ao seu alcance, ao mesmo tempo que são convidados para participar no tráfico de drogas e, em muitos casos, encorajados a usar armas ou violência no cotidiano. Num contexto de níveis elevados de violência urbana, como é que tantos homens adotam e mantêm a não violência nas suas vidas? Esta pesquisa levada a cabo pelo Promundo procurou entender: (1) que fatores apoiam grupos de homens (i.e. membros de facções de droga e policiais) que estão rodeados por desigualdades, alta exposição à violência e incentivos para usar violência, a evitar, abandonar ou reduzir o uso de violência em cenários urbanos complexos; procurou ainda compreender (2) como a alta exposição à violência urbana (definida pelas taxas de homicídio) influencia a construção de masculinidades, as experiências de violência durante a infância, as atitudes de gênero e os comportamentos relatados pela população em geral.

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Versión en francés disponible en la Biblioteca Digital del IDRC

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