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Título: Imprensa regional: globalização, localização e jornais de proximidade em Lisboa
Autor: Monteiro, Paulo António Leitão
Orientador: Leite, Alexandre Manuel Fonseca
Palavras-chave: globalização
jornalismo
mobilidade
regional
Data: 14-Dez-2016
Resumo: Numa era digital, marcada por uma constante e acelerada mudança, caracterizada por um globalismo padronizador de culturas e de costumes, muitas indústrias e profissões estão a alterar-se totalmente, ou até mesmo a desaparecer. Tudo isto se passa num ritmo freneticamente acelerado, que nos afoga literalmente num caudal de informação, muitas vezes difícil de filtrar e descodificar em tempo útil. A evolução tecnológica para o digital fez com que as comunicações se tornassem muito mais banais e fáceis, tornando irrelevantes as diferenças entre texto, imagem e som. A área da comunicação, e mais concretamente a do jornalismo, não está imune a este processo. A globalização, auxiliada pela expansão electrónica, pode produzir conteúdos com tendência para anular o particular, a diversidade ideológica e interpretativa. Hoje, é possível ler notícias, exclusivamente assinadas por computadores, não sendo fácil distinguir se foram escritas pelo homem ou criadas através de inteligência artificial. Ao mesmo tempo, vamos assistindo á concentração da propriedade dos media em grupos económicos que controlam grandes fatias dos meios de comunicação social. Por outro lado, a era da mobilidade tem um forte impacto no modo como acedemos às notícias. Mais de 4 milhões de portugueses utilizam smartphones, ou seja, é já muito grande a nossa dependência desses meios quando se pretende saber o que se passa no mundo. Enquanto isto, a imprensa tradicional tem vindo consistentemente a perder audiência ao longo dos últimos anos. A manterem-se estas quebras, será muito difícil atingir um ponto de equilíbrio que torne os projetos sustentáveis e editorialmente independentes. Para haver liberdade, é necessário haver independência económica. No entanto, porque a maior parte dos sites de notícias é gratuito (o mesmo, aliás, se passa em relação à rádio e a uma boa parte da televisão), criou-se a ideia de gratuitidade generalizada em redor da informação. No distrito de Lisboa, muitos dos jornais da imprensa regional estão concentrados nas áreas limítrofes da cidade, o que atrai a concorrência dos grandes meios aí sediados. De consequências inevitáveis no negócio, já que, como se sabe, o jornalismo depende grandemente da publicidade, a atravessar una crise profunda, sobretudo consequência da recessão económica atualmente vivida. Este panorama coloca-nos, pois, algumas reservas em relação à capacidade da imprensa regional, para assegurar uma independência política e económica. Através deste trabalho, conclui-se pela urgente revitalização do jornalismo, com a consequente adaptação ao ritmo acelerado das novas tecnologias. Ou dito por outras palavras: a independência dessa imprensa só será possível através de um modelo de negócio moderno e sustentável, capaz de fazer com que as empresas cresçam livres de qualquer espécie de subsidiodependência, para, assim, poderem assumir o seu real (e insubstituível) papel.
URI: http://hdl.handle.net/11144/2803
Grau: Mestrado em Comunicação Aplicada. Estudos Aplicados em Jornalismo
Aparece nas colecções:DCC - Dissertações de Mestrado

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