A Contribuição do Serviço Social Brasileiro ao Enfrentamento ao “Racismo e Ageísmo”: um estudo sobre a produção de conhecimento expressa nos encontros nacionais de pesquisadores em serviço social realizados na segunda década do século XXI

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Data

2022-04-28

Autores

Benedito, Jonorete de Carvalho

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Esta tese tem por objetivo analisar a contribuição do Serviço Social brasileiro ao enfrentamento ao racismo e ao ageísmo expressa nos anais nos Encontros Nacionais de Pesquisadores em Serviço Social realizados na segunda década do século XXI. O caminho metodológico percorrido foi o da pesquisa bibliográfica e da pesquisa documental. A necessidade de estudar esse tema surgiu da hipótese de que apesar de haver uma contribuição das entidades representativas da profissão para o enfrentamento ao racismo, no que concerne ao envelhecimento ainda há um longo caminho a trilhar, o que foi comprovado ao término da pesquisa. Defende-se que o ageísmo é estruturante, uma vez que quando se deveria celebrar a conquista da longevidade, protagoniza-se a “tragédia”, condenando trabalhadores e trabalhadoras, na sua velhice, a vivenciar o sistema de violência, que se manifesta desde a violação dos seus direitos fundamentais. Há apelos ideológicos que enveredam pela responsabilização, culpabilização e punição dos/das velhos/as pela própria velhice trágica, como se a velhice, também, não fosse uma produção social. Parte-se da hipótese, já defendida por outros autores e reconfirmada nesta tese, de que a formação da classe trabalhadora brasileira recebe forte influência dos escravizados nos seus movimentos de luta e resistência. Constata-se, ademais, que o Brasil vive hoje uma conjuntura de desregulamentação de direitos conquistados através das lutas dos movimentos sociais. Conclui-se que há uma emergência na elaboração de pesquisas sobre o envelhecimento que tenham a totalidade como categoria de análise, bem como que se efetive a reconstrução das lutas sociais por direitos. Finaliza-se o trabalho reafirmando que, enquanto essa sociedade não se tornar emancipada, luta e resistência devem ser o caminho a ser trilhado para que os direitos conquistados não escoem pelos ralos das determinações capitalistas. Por isso, nenhum direito a menos, velhice não é doença, vidas negras e de velhos e velhas importam, são os gritos que carecem de eco em toda a extensão territorial do Brasil.
This thesis has the objective to analyze the contribution of the Brazilian Social Service in the confronting racism and ageism expressed in the proceedings of the Meetings Nationals of Researchers in Social Work, realized in the second decade of the XXI century. The methodological path followed was that of bibliographic research and documentary research. The necessity to study this theme emerged from the hypothisis that despite existing there was a contribution from a representative entity from the profession in the racism confronting, the concern about aging there is still a long path follow, which was provided in the end research. There is defend that ageism is structuring, since when one should celebrate the conquest longevity, the “tragedy” takes place, condemning workers and workers, in their old age, to experience the system of violence, which manifests itself since the violation of their fundamental rights. There are ideological appeals that take the responsibility, blame and punishment of the elderly for the tragic old age itself, as if old age too were not a social production. It starts from the hypothesis, already defended by other authors and reconfirmed in this thesis, that the formation of the Brazilian working class is strongly influenced by the enslaved in their movements of struggle and resistance. Furthermore, it appears that Brazil is currently experiencing a situation of deregulation of rights conquered through the struggles of social movements.
Esta tesis tiene por objetivo analizar la contribución del Servicio Social brasileño en el enfrentamiento al racismo y edadismo expresos en los registros de los Encuentros Nacionales de Expertos en Servicio Social realizados en la segunda década del siglo XXI. El camino metodológico recorrido fue la pesquisa bibliográfica y documental. La necesidad de estudiar ese tema surgió de la hipótesis de que aunque haya una contribución de las entidades representativas de la profesión para el enfrentamiento al racismo, sin embargo, con respecto al envejecimiento, aún hay un largo camino a recorrer, lo que fue comprobado al término de la pesquisa. Se defiende que el edadismo es estructural, una vez que cuando se debería celebrar la conquista de la longevidad, se protagoniza la “tragedia”, condenando trabajadores y trabajadoras en su vejez, a vivir el sistema de violencia, que se manifiesta desde la violación de sus derechos fundamentales. Hay clamores ideológicos que optan por responsabilizar, culpabilizar y punir a los mayores por la propia trágica vejez, como se ella, también, no fuera una producción social. Se parte de la hipótesis ya defendida por otros autores y reconfirmada en esta tesis, de que la formación de la clase trabajadora brasileña recibe fuerte influencia de los esclavizados en sus movimientos de lucha y resistencia. Se constata, además, que Brasil vive hoy una coyuntura de desreglamentación de derechos conquistados a través de las luchas de los movimientos sociales. Se concluye que hay una emergencia en la elaboración de pesquisas sobre el envejecimiento que tengan la totalidad como categoría de análisis, que la reconstruya en sus luchas sociales por derechos. Se finaliza el trabajo reafirmando que, mientras esa sociedad no sea emancipada, la lucha y resistencia deben ser el camino a ser conquistado y que no se las pierdan con determinaciones capitalistas. Por eso, ningún derecho a menos, vejez no es enfermedad, vidas negras y ancianas importan, son los gritos que carecen de eco en toda la extensión territorial de Brasil.

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Palavras-chave

Velhice, Envelhecimento, Lutas Sociais, Racismo, Raça, Velho, Old age, Aging, Old Social Struggles, Racism, Breed, Vejez, Envejecimiento, Anciano/a, Luchas Sociales, Racismo, Raza

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