Preservação de fungos fitopatogênicos habitantes do solo

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2006-03-01

Autores

Bueno, César J. [UNESP]
Ambrósio, Márcia M. de Q. [UNESP]
Souza, Nilton L. de [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Grupo Paulista de Fitopatologia

Resumo

A preservação de fungos fitopatogênicos por longos períodos de tempo é importante para que pesquisas possam ser realizadas a qualquer momento. Os fungos habitantes do solo são organismos que podem produzir estruturas de resistência em face de situações adversas, tais como ausência de hospedeiros e ou condições climáticas desfavoráveis para a sua sobrevivência. O objetivo deste trabalho foi desenvolver metodologias de preservação de estruturas de resistência para os fungos Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici raça 2, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani AG4 HGI, Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum e Verticillium dahliae. O delineamento foi inteiramente casualizado, com um método de produção de estruturas para cada fungo, submetido a três tratamentos [temperatura ambiente de laboratório (28±2ºC), de geladeira (5ºC) e de freezer (-20ºC)] e com dois frascos por temperatura. Mensalmente, e por um período de um ano, a sobrevivência e o vigor das colônias de cada patógeno foram avaliadas em meios de cultura específicos. Testes de patogenicidade foram realizados após um ano de preservação, com as estruturas que sobreviveram aos melhores tratamentos (temperatura) para todos os fungos. As melhores temperaturas (tratamentos) para preservar os fungos foram: a) F. oxysporum f.sp. lycopersici em temperatura de refrigeração e de freezer (5,2 e 2,9 x 10³ufc.g-1 de talco, respectivamente); b) M. phaseolina em temperatura de refrigeração [100% de sobrevivência (S) e índice 3 de vigor (V)] e S. rolfsii em temperatura ambiente (74,4% S e 1 V) e c) S. sclerotiorum e V. dahliae, ambos em temperatura de freezer (100% S e 3 V). Após um ano de preservação, somente V. dahliae perdeu a patogenicidade na metodologia desenvolvida.
Preservation of soilborne phytopathogenic fungi for long periods of time is important so that researches can be followed up at any moment. Soilborne phytopathogenic fungi are organisms that can produce resistance structures in face of adverse situations, such as absence of hosts and unfavorable climatic conditions for their survival. The objective of this work was to develop preservation methodologies for resistance structures of the fungi Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici race 2, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani AG4 HGI, Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum, and Verticillium dahliae. The experiment was carried out in a randomized plots design and the method of resistance structures production was specific for each pathogen. Three treatments [room temperature (28±2ºC), of refrigerator (5ºC) and of freezer (-20ºC)] with two flasks (reps) each were assessed for each fungus. During the period of one year, survival and vigor of the pathogens were evaluated in a monthly basis. Pathogenicity tests were performed with the structures of resistance of each fungus that survived in the best treatment: a) F. oxysporum f.sp. lycopersici at refrigerator and freezer temperatures (5.2 and 2.9 x 10³ ufc.g-1 of talc, respectively); b) M. phaseolina at refrigerator temperature [100% of survival (S) and index 3 of vigor (V)] and S. rolfsii at room temperature (74.4% S and 1 V) and c) S. sclerotiorum and V. dahliae both at freezer temperature (100% S and 3 V). All, but V. dahliae resistance structure, remained pathogenic after one year of storage.

Descrição

Palavras-chave

pó de talco, substrato areno-orgânico, metodologias, preservação, powder talcum, sandy-organic substrate, methodologies, preservation

Como citar

Summa Phytopathologica. Grupo Paulista de Fitopatologia, v. 32, n. 1, p. 42-50, 2006.