Being the third person: personality, infidelity and self esteem

Abstract

In extramarital affairs, the literature has focused mostly on the perpetrator of infidelity and the victim, and there are not many studies that focus on the third person, a person with whom the perpetrator gets involved. Thus, the main objective of this study is to evaluate possible differences between individuals who were or had been a third person in a relationship and individuals who have never been, namely in terms of their personality, attitudes towards infidelity and self-esteem. Our sample consisted of 743 participants, 553 (74.4%) females and 190 (25.6%) males, aged between 18 and 63 years. Results showed statistically significant differences between the two groups. More specifically, individuals who were or had been a third person reported higher levels of extroversion and openness to experience, and more positive attitudes towards infidelity. On the other hand, significantly lower values were found for these individuals in the agreeableness dimension. No statistically significant differences were found regarding the self-esteem.

Nas relações extraconjugais, a literatura tem-se concentrado maioritariamente no vínculo conjugal, e são escassos os estudos que se focam na terceira pessoa, ou seja, na pessoa com quem o infiel se envolve. Assim, o presente estudo tem como principal objetivo avaliar possíveis diferenças entre pessoas que são ou já foram a terceira pessoa e pessoas que nunca foram, nomeadamente ao nível da personalidade, das atitudes face à infidelidade e da autoestima. A nossa amostra consistiu em 743 participantes, 553 (74.4%) do sexo feminino e 190 (25.6%) do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 63 anos. Os resultados revelaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Mais especificamente, os indivíduos que são ou já foram a terceira pessoa relataram pontuações mais elevadas na dimensão extroversão e na dimensão abertura à experiência, e atitudes mais positivas face à infidelidade. Por outro lado, na dimensão amabilidade estes indivíduos apresentaram valores significativamente mais baixos. Não se obtiveram diferenças estatisticamente significativas no que diz respeito à autoestima.