Practices and tools for situated publication and self-exposure on public displays

Abstract

Digital public displays are increasingly ubiquitous and perceived as a technology that may radically change communication in public and semi-public spaces. Interaction around public displays makes them potential focal points for social coordination, promoting a sense of place, encouraging people to action and setting behaviour expectations in public venues. However, enticing people to participate and contribute with content to public displays is still a major issue. There are significant challenges regarding the motivation of people to share content using the displays, and also the motivation display owners have to share their displays with others. A diverse range of interaction alternatives has been proposed to address this issue, but public displays are still far from being seen by people as a communication medium that they can use for their own communication purposes. Therefore, it is necessary to uncover alternative usage paths for digital public displays to inform the design of new communication concepts. These should help to contribute to turn displays into an open medium for place-based communication. Media publication practices would thus be more spontaneous, which would enable content to evolve towards the same creativity and informality levels that are now common in social media practices. The objective of this research work is to identify novel media publication approaches for public display systems, which people can understand as something they can use to accomplish their diverse content publication goals. Those approaches represent publication paradigms that should be an abstraction for what happens when someone publishes something on a display, enabling interactions to be clearly interpreted as publication acts, and scoping them in terms of authorship, reputation, moderation and reach. It should also convey a full understanding of the publication process, supporting selective control of self-exposure, expressing the scope and context of publication actions, and enabling practices that are well aligned with the social dynamics around the displays. To accomplish the objectives, we have made four different research studies. They explore existing publication paradigms from other domains, such as social networks and also from non-digital media, in the context of diverse problems. These studies have produced a set of contributions corresponding to innovative publication paradigms for digital public displays. We contribute with an identification of the main usage dimensions for place-based displays when supporting place-based communication. This thesis also contributes to the understanding of the primary role and value of combining content originating from external sources, showing that place-based communication is not just about locally created content. We proposed a risk management framework to approach the diverse sensitivities associated with moderation and risk management, including the identification of the threats of user-generated content and moderation techniques to mitigate them. We also came out with a set of design sensitivities, uncovered across the several studies made, suggesting that the place-based nature of these displays may prompt for more situated and spontaneous forms of communication. The contributions of this thesis are expected to have an impact on the understanding of publication practices in digital public displays, informing the design of novel placebased display systems, sensitive to people and their desire to express themselves and communicate. This will eventually be a step towards allowing user-generated content to become a commodity in public displays, allowing them to be an open medium that presents contextual information relevant to the place and its visitors. This would definitely confirm the expectation that future display networks may become a more open medium for self-expression and appropriation.

Os ecrãs públicos digitais estão cada vez mais onipresentes e são percecionados como uma tecnologia que pode mudar radicalmente a comunicação em espaços públicos e semipúblicos. A interação junto a ecrãs públicos torna-os potenciais centros de coordenação social, que promovem uma sensação de local e encorajam as pessoas a agir, gerando expectativas de determinados tipos de comportamento em locais públicos. No entanto, incentivar as pessoas à participação e contribuição com conteúdos para serem exibidos em ecrãs públicos é ainda uma questão muito relevante. Existem desafios muito pertinentes relativamente à motivação das pessoas em partilhar conteúdo usando ecrãs, bem como à motivação dos proprietários desses mesmos ecrãs em partilhá-los com outras pessoas. Apesar das enumeras alternativas de interação que têm sido propostas para resolver esse problema, os ecrãs públicos ainda estão longe de serem percecionados pelas pessoas como um meio de comunicação que podem utilizar para satisfazer as suas próprias necessidades de comunicação. Assim sendo, torna-se necessário encontrar alternativas para a utilização dos ecrãs públicos digitais por forma a informar o desenho de novos conceitos de comunicação. Desta forma, estar-se-ia a contribuir para que os ecrãs públicos pudessem ser transformados em meios abertos para a comunicação nos locais onde estão instalados. As práticas de publicação dos vários conteúdos seriam assim mais espontâneas, o que permitiria que o conteúdo evoluísse para os mesmos níveis de criatividade e informalidade que são atualmente apanágio das redes sociais. O objetivo deste trabalho de investigação é identificar novas abordagens de publicação de conteúdos em sistemas de ecrãs públicos, que as pessoas possam entender como algo que está à sua disposição para atingirem os seus objetivos de publicação. Essas abordagens representam paradigmas de publicação que devem ser vistos como abstrações para o que efetivamente sucede quando alguém publica algo num ecrã, permitindo que as interações sejam claramente interpretadas como atos de publicação, delimitando-as em termos de autoria, reputação, moderação e alcance. Devem igualmente fazer transparecer um entendimento integral do processo de publicação, que suporte o controlo seletivo relativamente à autoexpressão; a indicação do alcance e contexto dos atos de publicação; e que permita práticas que estejam bem alinhadas com as dinâmicas sociais que ocorrem junto aos ecrãs. Para alcançar estes objetivos, foram realizados quatro estudos diferentes. Os estudos suportam-se em paradigmas de publicação de conteúdos existentes noutros domínios, tais como as redes sociais e os meios de divulgação não digitais, no contexto de diversas problemáticas. Esses estudos ajudaram a produzir um conjunto de contribuições relacionadas com paradigmas de publicação em ecrãs públicos digitais. Contribui-se com uma identificação das principais dimensões de utilização dos ecrãs públicos no suporte à comunicação em vários tipos de locais. Este trabalho também contribui para a compreensão do principal papel e do valor intrínseco da combinação de conteúdos provenientes de fontes externas aos locais, mostrando que a comunicação dos locais não é apenas baseada em conteúdo criado localmente. É igualmente proposta uma estrutura para a gestão do risco que abrange as diversas sensibilidades associadas à moderação e gestão do risco, incluindo a identificação das ameaças relacionadas com a geração de conteúdos por parte de terceiros, e as técnicas de moderação que poderão ser usadas para mitigar essas mesmas ameaças. Também se aborda um conjunto de sensibilidades para o desenho de sistemas de ecrãs públicos, que emergiram dos vários estudos realizados, e que sugerem que a natureza essencialmente local desses ecrãs pode levar a formas de comunicação mais espontâneas e contextualizadas ao local. Espera-se que as contribuições desta tese tenham impacto na compreensão das práticas de publicação em ecrãs públicos digitais, informando o desenho de inovadores sistemas de ecrãs para locais, sensíveis às pessoas e ao seu desejo de se expressar e de comunicar. Eventualmente será um contributo no sentido de permitir que o conteúdo gerado pelas pessoas esteja disponível em ecrãs públicos, permitindo que estes constituam um meio aberto, que apresenta informações contextualizadas, relevantes para o local e para os seus visitantes. Isso confirmaria definitivamente a expectativa que futuras redes de ecrãs se possam tornar num meio mais aberto à autoexpressão e à apropriação.