Enxerto homólogo congelado de diafragma na correção dos defeitos da parede abdominal de ratos : estudo tensiométrico, morfométrico e imunohistoquímico
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Data
2009Autor
Santis-Isolan, Paola Maria Brolin
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Resumo: As investigações por materiais para reconstrução da parede abdominal sugerem que as complicações das próteses atualmente utilizadas ainda são inaceitáveis e o material ideal ainda não foi descoberto. Realizou-se avaliação morfológica, biomecânica e imunohistoquímica do enxerto homólogo congelado de diafragma para correção de defeito da parede abdominal em ratos. Os animais foram divididos em controle (50 ratos Wistar) e experimento (60 ratos Wistar). Os ratos do grupo controle foram submetidos à laparotomia mediana e sutura da parede abdominal, já os animais do grupo experimento foram submetidos à ressecção da parede abdominal e reconstrução da mesma com enxerto homólogo congelado de diafragma. Os animais foram submetidos à eutanásia no sétimo, 14°, 21°, 90°, 180° dias de pós-operatório (PO) e avaliados quanto a presença de complicações, integridade do enxerto, presença de aderências, avaliações tensiométrica, histopatológica e imunohistoquímicas com H/E, sirius-red (colágeno tipo I e III), HHF-
35, Actina Sarcomérica e Calponina. Verificaram-se integridade do enxerto, ausência de complicações PO, bem como, ausência de diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto à presença de aderências em todos os animais. Observou-se maior força máxima, força de ruptura e tensão nos animais do grupo experimento no 90° dia de PO (p<0,05). Na análise histopatológica houve predomínio de PMN nas fases precoces da cicatrização (subgrupo sete dias do grupo experimento e 21 dias no grupo controle) e de MMN nas fases tardias (subgrupo 180 dias do grupo experimento e 21 dias do grupo controle), todos com P<0,05. Houve predomínio de colágeno tipo I (p<0,05) e tipo III (p<0,001) nos subgrupo 7 e 21 dias de PO nos grupos controle e experimento, respectivamente. Houve maior positividade para
HHF-35 nos subgrupos sete e 90 dias do grupo experimento (P<0,05). A Actina Sarcomérica foi positiva em todas as amostras, confirmando a existência de tecido muscular esquelético no enxerto, tendo predomínio, estatisticamente significativo, nos subgrupos sete (p<0,05) e 21 dias (entre 14 e 21 dias p<0,001). A Calponina mostrou ser ótimo marcador de miofibroblastos na avaliação da cicatrização da
parede abdominal, sendo predominante no subgrupo sete e 21 dias do grupo controle (P<0,01). O enxerto homólogo congelado de diafragma mostrou ser excelente alternativa no reparo de grandes defeitos da parede abdominal em ratos, pois apresentou ausência de complicações pós-operatórias, ótima integridade, baixo índice de aderência, boa cicatrização, manutenção das variáveis de tensão e percentual de colágeno, e regeneração muscular.
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