Avaliação biomecânica da fixação do tendão da cabeça longa do Biceps Braquial por 3 ténicas : modelos em ovinos
Resumo
Resumo: Introdução: No tratamento das doenças do tendão da cabeça longa do bíceps braquial, sua fixação no úmero (tenodese) pode ser indicada após secção intraarticular (tenotomia) do mesmo. O método ideal deve permitir mobilização pósoperatória precoce do membro superior sem falha do sistema. Não há consenso na literatura quanto à técnica mais resistente. Objetivo: Avaliar biomecanicamente a fixação da cabeça longa do bíceps braquial no úmero com âncoras ósseas, parafuso de interferência e sutura em partes moles, comparando resistência, força máxima de tração e tipos de falha na fixação. Métodos: 30 mbros de ovinos frescos foram usados, dividindo-se 3 grupos de 10 para cada técnica. Após fixação, os tendões foram submetidos a tração longitudinal contínua até falha do sistema, obtendo-se força máxima de tração (N) e deslocamento (mm). Resultados: A força máxima de tração foi em média 95 ± 35,3 N para âncoras ósseas, 152,7 ± 52,7 N para parafuso de interferência e 104,7 ± 23,54 N para partes moles. Houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05), com parafuso de interferência demonstrando força máxima de tração superior às fixações com âncoras ósseas (p=0,00307) e partes moles (p=0,00473). A resistência com parafuso de interferência também foi superior aos outros 2 métodos (p=0,0000127 e p=0,00000295 respectivamente). Âncoras ósseas e partes moles não tiveram diferença entre si tanto para força máxima de tração quanto para resistência (p=0,141). Conclusão: A tenodese da cabeça longa do bíceps braquial com parafuso de interferência é mais resistente quando comparada às técnicas com âncoras sseas e partes moles. As 2 últimas técnicas não diferem entre si. Abstract: Introduction: For treatment of the long head of the biceps braquii diseases, its fixation into humeral bone (tenodesis) can be indicated after releasing of intrarticular portion (tenotomy). The ideal method must allow early postoperative upper limb mobilization without failure. There is no agreement in the literature about which is the most resistant technique. Objective: To evaluate the biomechanical properties of the long head of the biceps braquii by fixing it into humeral bone with suture anchors, interference screw and soft tissue suture, comparing strength, highest traction load and mode of fixation failure. Methods: 30 fresh-frozen sheep shoulders were used, separated into 3 groups for each technique. After fixation, the tendons were subjected to longitudinal continuous loading, obtaining load-to-failure (N) and displacement (mm). Results: The average failure load for suture anchors was 95 ± 35.3 N, 152.7 ± 52.7 N for interference screw and 104.7 ± 23.54 N for soft tissue technique. There was a statistically significant difference (p<0.05), with interference screw demonstrating greater load to failure than suture anchor fixation (p=0.00307) and soft tissue (p=0.00473). The strength of interference screw was also superior comparing to the other 2 methods (p=0.0000127 e p=0.00000295 respectively). Suture anchors and soft tissue technique did not have difference between themselves as for load to failure (p=0.9420) as for strength (p=0.141). Conclusion: The tenodesis of the long head of the biceps braquii with interference screw is stronger when compared to suture anchors and soft tissue techniques. The last 2 techniques do not have difference between themselves.
Collections
- Teses & Dissertações [9191]