Associação entre tabagismo haplótipos HLA-A, -B, -DR e genes de receptores olfatórios
Resumo
Resumo : O hábito tabagista parece estar geneticamente associado a genes de receptores olfatórios. Um grupo destes genes encontra-se em forte desequilíbrio de ligação com a região HLA, no cromossomo 6. O presente trabalho teve por objetivo investigar a frequência de haplótipos HLA e sua relação com o tabagismo em uma amostra da população paranaense, através do estudo de associação. A amostra (n = 74144; fumantes = 13019; não-fumantes = 61125) provém do banco de dados de doadores voluntários de células tronco hematopoiéticas do LIGH (Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade da UFPR), previamente genotipado para os loci HLA-A, -B, -DR em baixa/média resolução pela técnica SSO (sondas oligonucleotídicas específicas). As frequências haplotípicas foram estimadas pelo método da maximização de expectativas. A análise de associação foi feita por odds ratio para cada haplótipo. A fim de evitar artefatos estatísticos, novas análises foram realizadas dividindo-se a população por etnia e sexo, buscando associações consistentes em todos os subgrupos. Dos 14540 haplótipos encontrados, 188 apresentaram odds ratio significativo nos dois sexos, sendo 18 associações positivas (mais frequentes em fumantes) e 170, associações negativas (mais frequentes em não fumantes). Além do haplótipo já conhecido, apenas o haplótipo HLA-A24-B7-DR1 apresentou associação consistente em todos os subgrupos. Os odds ratios (or) e intervalos de confiança (IC) para o total da amostra foram: homens, or = 1,618; IC = [1 – 2,59]; mulheres, or = 1,712; IC = [1,13 – 2,59]. Este é o segundo haplótipo HLA possivelmente associado ao tabagismo e também está em associação positiva, podendo ser um fator de risco na aquisição do hábito.
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