A geografia da saúde e a distribuição geopatológica de Influenza A/H1N1, no contexto Paraná
Resumo
Observa-se que com o advento das técnicas de comunicação, as notícias por ora
viajam rapidamente entre os continentes, propagando notícias relacionadas a
epidemias e pandemias, como o caso recente da Influenza A/H1N1. Esse vírus
disseminou-se pelo hemisfério norte, sentido hemisfério sul, instalando portanto,
uma pandemia global. Embora o auge registrado no estado do Paraná e mundo
tenham sido no ano de 2009, os anos que seguiram também continuaram a registrar
casos e óbitos decorrentes da Influenza A/H1N1. Tendo como problemática a
indagação de que os registros da Influenza A/H1N1 elevaram-se durante os
períodos mais frios e reduziram-se durante os períodos mais quentes, a presente
pesquisa objetiva verificar a distribuição geográfica da Influenza A/H1N1 no estado
do Paraná, Brasil, entre os anos 2009 a 2012, sob a perspectiva da Climatologia
Médica e Geografia da Saúde. Metodologicamente, buscou-se coletar dados
quantitativos quanto ao registro de casos e óbitos confirmados da doença, bem
como dados de temperatura média durante o inverno, a fim de averiguar a hipótese
de que os registros de Influenza A/H1N1 variavam conforme as diferenças térmicas
da atmosfera. Assim sendo, concluiu-se que a dispersão geopatológica do vírus
esteve alicerçada ao contexto demográfico, migração temporária, concentração de
polos industriais e turísticos, sendo o fator climático não único frente à distribuição
dos registros. Observou-se ainda que a educação em saúde, por parte das políticas
públicas, bem como a vacinação em massa, a distribuição de panfletos e
propagandas de higienização, resultou em um aspecto positivo da retração viral.
Quanto aos dados, eles demonstram que no ano de 2009 houve 83.017 casos e 366
óbitos confirmados, sendo que entre 2009 a 2012, houve 85.537 casos e 427 óbitos
confirmados pelo SINAN, conforme dados disponibilizados pela SESAPR. Contudo,
verifica-se que outras variantes podem ser aplicadas em futuros estudos tangentes a
temática epidemia, pandemia e condições climáticas como, por exemplo, a pressão
e a altitude.
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