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Abstract(s)
A produção de castanha (Castanea sativa Mill.) é de extrema importância para Portugal
(FAO, 2011). A nível industrial a castanha é vendida em fresco ou congelada após descasque. Nesta situação a produção de resíduos, designadamente de películas e cascas, é bastante significativa. Até ao momento uma parte é utilizada na compostagem, sendo a restante rejeitada. Contudo, há estudos que apontam para um elevado potencial antioxidante por parte
destes resíduos, podendo estes a vir a ser utilizados como fonte de antioxidantes naturais.
Na extração de compostos com atividade antioxidante é importante ter em conta o método utilizado, o tipo de solvente e o tempo, de modo a obter um elevado rendimento de extração, tentando-se em simultâneo reduzir os custos associados à energia, ao tempo e ao consumo de reagentes. A modelação matemática surge como uma ferramenta importante e cada vez mais utilizada, a fim de se otimizar essas condições. Os modelos de Peleg e Page são uns dos mais utilisados.
No presente trabalho pretendeu-se comparar dois métodos de extração, agitação e ultra-sons, bem como descrever as cinéticas do processo de extração de compostos com atividade antioxidante presentes nas cascas e películas de castanha. Diversas experiências de extração foram realizadas a 25, 50 e 75 ºC com uma solução aquosa de metanol a 50% (v/v). Ao longo do tempo de extração foram retiradas alíquotas, nas quais se determinou a capacidade
redutora total e a atividade antioxidante pelos métodos do efeito bloqueador do radical livre 2,2- difenil-l-picrilhidrazilo (DPPH) e do poder redutor. Os modelos matemáticos usados foram o de Peleg e o de Page, com as seguintes equações matemáticas:
Ct=C0+t/(K1+K2.t) e Ct=e^(K.t^n), respetivamente.
Em termos gerais, verificou-se que o método de extração não teve um papel significativo na capacidade redutora total e poder redutor dos extratos (p>0.05). Em relação à película e casca verificaram-se diferenças significativas (p<0.001) nas propriedades estudadas, apresentando as películas uma maior atividade antioxidante. Verificou-se que o tempo e temperatura foram também fatores significativos, tendo-se obtido uma maior atividade antioxidante para a temperatura mais elevada (75 ºC) e tempos superiores ou iguais a 10 minutos. Em relação aos modelos matemáticos aplicados foram obtidos coeficientes de determinação entre 0,941-0,998 para o melhor modelo, indicando a existência de um bom ajuste entre os dados experimentais e os calculados pelos modelos. Verificou-se que o modelo
de Page foi o mais adequado para a maioria das situações estudadas.
Description
Keywords
Ultra-sons Temperatura Tempo Castanha
Citation
Delgado, Teresa; Pereira, José Alberto; Casal, Susana; Ramalhosa, Elsa (2013). Efeito dos ultra-sons, temperatura e tempo na actividade antioxidante de cascas de castanha (Castanea sativa Mill.). In XIX Encontro Galego Português de Química. Vigo. ISBN 978-84-695-8688-4
Publisher
Colegio Oficial de Quimicos de Galicia