Quellenangabe:
[Journal:] RBEST: Revista Brasileira de Economia Social e do Trabalho [ISSN:] 2674-9564 [Volume:] 3 [Article No.:] e021009 [Publisher:] CESIT - Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho [Place:] Campina, SP [Year:] 2021 [Pages:] --
Zusammenfassung:
O paradigma da "Indústria 4.0" está presente na estratégia de governos, associações patronais e centrais sindicais. Revisitando o estudo clássico de Piore e Sabel sobre especialização flexível, criticamos a unilateralidade e estreiteza inerentes ao discurso da Indústria 4.0, ao qual contrapomos análises empíricas sobre redes descentralizadas de fábricas. Ao contrário do relato estilizado predominante, a flexibilidade é facilitada por plataformas "B2B", que conectam fabricantes e clientes – um modelo que se baseia mais na versatilidade das redes de produção descentralizada do que em avançada tecnologia industrial. Os efeitos sobre o trabalho são ambivalentes, pois envolvem tanto potencialidades para um paradigma de produção em pequena escala e intensiva em trabalho qualificado, como perigos decorrentes da pressão concorrencial por redução de custos. Em suma, nosso objetivo é oferecer evidências teóricas e empíricas para a compreensão de alterações da produção digitalizada e destacar o modelo das redes e plataformas "B2B" no debate sobre a transformação da manufatura e do trabalho industrial.
Zusammenfassung (übersetzt):
The “Industry 4.0” paradigm is present in the strategy of governments, employers' associations and trade union federations. Revisiting Piore and Sabel's classic study on flexible specialisation, we criticise the one-sidedness and narrowness inherent in the discourse of Industry 4.0, to which we counter empirical analyses on decentralised factory networks. Contrary to the prevailing stylised account, flexibility is facilitated by “B2B” platforms that link manufacturers and customers – a model that relies more on the versatility of decentralised manufacturing networks than on sophisticated production technology. The effects on labour are ambivalent, as they involve both potential for a small-scale, skilled-labour-intensive manufacturing paradigm, and dangers arising from competitive pressure for cost reduction. In sum, our aim is to offer theoretical and empirical evidence for understanding changes in digitised manufacturing and to highlight the approach of “B2B” networks and platforms in the debate on the transformation of manufacturing and industrial work.
