Utilize este identificador para citar ou criar um atalho para este documento: https://hdl.handle.net/10923/14107
Tipo: doctoralThesis
Título: Síndrome de fragilidade em idosos longevos: análise da composição corporal por ultrassom
Autor(es): Ribeiro, André
Orientador: Schneider, Rodolfo Herberto
Editora: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Data de Publicação: 2018
Palavras-chave: GERIATRIA
IDOSOS
COMPOSIÇÃO CORPORAL
ULTRASSOM
GERONTOLOGIA BIOMÉDICA
MEDICINA
Resumo: Introdução: Fragilidade é uma síndrome clínica comum em idosos, que ocasiona grandes riscos para a saúde, incapacidades, hospitalizações e como consequência grande risco de mortalidade. O conhecimento disponível sobre os múltiplos aspectos da fragilidade em idosos sugerem que esta seja preditora de alterações na composição corporal, com declínio da massa magra, e desta maneira, observa-se uma relevância no estudo do tema em pacientes longevos. Neste aspecto, o presente estudo propõe o uso do Ultrassom (US) por ser um método portátil, com facilidade de manuseio e não ser influenciável pelas dobras cutâneas corporais, o que minimiza possíveis variações inter e intra-avaliador, portanto, com maior confiabilidade em relação aos resultados apresentados. Objetivos: Identificar as características da composição corporal através do US nos grupos de longevos não frágeis e com fragilidade. Métodos: Os longevos foram rastreados através do Ambulatório Geral de Geriatria do Hospital São Lucas/PUCRS. Os dados pessoais e sociais foram coletados através de um questionário. Dados de fragilidade foram obtidos através de cinco fenótipos. Dados de composição corporal foram obtidos através do US portátil. Para a análise dos dados, a amostra foi separada em dois grupos, de acordo com a classificação da fragilidade: frágil e não frágil. As variáveis numéricas foram apresentadas através das médias, desvio padrões e variâncias. Aprovado pelo CEP-PUCRS sob número CAEE 68165117.6.0000.5336. Resultados: A amostra foi composta por 52 idosos longevos com idade média de 90,10±4,49 anos. 63,5% foram classificados como não-frágeis e 36,5% frágeis. A maioria são mulheres (73,1%). Raça branca soma 86,5% e 80,5% são viúvos. 31,6% dos longevos frágeis moram sozinhos.A média de comorbidades foi maior para os frágeis (3,21±1,14) comparada aos não-frágeis (2,15±1,67). Na análise da escolaridade, longevos que relataram ter ensino fundamental (≤8°série), apresentaram maior razão de chance [RP1,22(IC95%1,00-1,49)] de desenvolver a fragilidade frente à categoria de referência (≥Ensino Médio) (p=0,046). Através da classificação do percentual de gordura corporal (%G) pelo US, observou-se que os longevos do sexo feminino com escores acima de 33 %G, apresentaram maior razão de chance [RP1,81(IC95%1,30-2,52)] de desenvolver a fragilidade frente à categoria com o %G de referência (<29%G) (p<0,001). Para o sexo masculino, os que obtiveram escores acima de 26 %G, apresentaram maior chance [RP1,81(IC95%1,30-2,52)] de desenvolver a fragilidade frente à categoria com o %G de referência (<23%G) (p<0,001). Conclusão: O presente estudo mostrou resultados persuasivos entre a síndrome de fragilidade e a composição corporal. Através das análises de composição corporal por Ultrassom e conforme os pontos de cortes preditos pela literatura, foi possível identificar associações entre obesidade e aumento do risco de fragilidade em longevos. Concluiu-se que, quanto maiores os níveis de gordura corporal e menores os de massa magra (obesidade sarcopênica), maior é o nível de fragilidade dos longevos acima de 80 anos de idade.
Introduction: Fragility is a common clinical syndrome in the elderly, which causes great risks to health, disabilities, hospitalizations and consequently a high risk of mortality. The available knowledge about the multiple aspects of fragility in the elderly suggests that it is a predictor of changes in body composition, with a decline in lean mass, and in this way, a relevance in the study of the subject in long-lived patients is observed. In this aspect, the present study proposes the use of Ultrasound (US) because it is a portable method, with ease of handling and not be influenced by skinfolds, which minimizes possible inter and intra-rater variations, therefore, with greater reliability in relation to the results presented. Objectives: To identify the characteristics of the body composition through the US in the groups of non-frailty and frailty oldest-old. Methods: The greatest possible number of oldest-old were traced through the Geriatrics General Ambulatory of Hospital São Lucas / PUCRS. Personal and social data were collected through a questionnaire. Fragility data were obtained through five phenotypes. Body composition data were obtained through the portable US. For the analysis of the data, the sample was separated into two groups, according to the classification of fragility: frailty and non-frailty. Percentage differences between the categorical variables were calculated through the creation of cross tables between the variables. Numerical variables were presented through means, standard deviations and variances. Results: 52 elderly people with a mean age of 90.10 ± 4.49 years were evaluated. 63.5% were classified as non-frailty and 36.5% frailty. The majority of the sample is composed of women (73.1%). White race totals 86.5% and 80.5% are widowers. 31.6% of the frailty oldest-old live alone. The average amenities were higher for the frailty (3.21 ± 1.14) compared to non-frailty (2.15 ± 1.67).In the analysis of schooling, those who reported having elementary education (≤ 8th grade) had a higher odds ratio [RP1,22 (CI95% 1.00-1.49)] to develop fragility compared to the reference category (≥ high school) (p = 0.046). Through the classification of the percentage of body fat (%F) by the US, it was observed that the female longevity with scores above 33 %F, presented a higher odds ratio [RP1,81 (IC95% 1,30-2, 52)] to develop fragility compared to the category with the reference %F (<29 %F) (p <0.001). For males, those who obtained scores above 26 %F had a greater chance [RP1,81 (IC95% 1.30-2.52)] of developing fragility compared to the category with the reference %F (<23 %F) (p <0.001). Conclusion: The present study showed persuasive results between fragility syndrome and body composition. Through the analysis of body composition by Ultrasound and according to the points of cuts predicted in the literature, it was possible to identify associations between obesity and increased risk of frailty in longevity. It was concluded that, the higher the body fat levels and the lower the lean mass (sarcopenic obesity), the greater the level of fragility of the longevity above 80 years of age.
URI: http://hdl.handle.net/10923/14107
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