Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9HHGLS
Type: Tese de Doutorado
Title: A linguagem médica utilizada em prontuários e suas representações em Sistemas de Informação: as ontologias e os modelos de informação
Authors: André Queiroz de Andrade
First Advisor: Mauricio Barcellos Almeida
First Referee: Renato Rocha Souza
Second Referee: Manoel Palhares Moreira
Third Referee: Eduardo de Mattos Pinto Coelho
metadata.dc.contributor.referee4: Renata Maria Abrantes Baracho Porto
metadata.dc.contributor.referee5: Beatriz Valadares Cendon
Abstract: O enorme volume de dados produzido em pesquisa e no curso da atividade médica exige o uso de soluções baseadas em sistemas informatizados. Uma implementação técnica eficaz desta solução exige que sistemas possam manipular e interpretar as mensagens trocadas entre sistemas, armazenar registros, requisitar informações contidas no outro sistema, atender a requisições de informação, dentre outros vários usos para a informação médica. O presente trabalho busca investigar a representação de dados dos pacientes através de modelos de informação e ontologias biomédicas para identificar pontos de ligação entre uma metodologia bem fundamentada, como o realismo ontológico; e uma metodologia flexível, como os modelos de informação em saúde. Por "modelos de informação médica" entendem-se propostas para definição consensual de termos, variáveis e tipos de dados, que objetivam permitir que os dados médicos disponíveis sejam compartilhados entre sistemas diversos; por "ontologias", entende-se a estrutura de categorias, rigorosamente definida, que espelha a organização pretendida para a informação. O objetivo geral da pesquisa é avaliar a representação ontológica de dados do prontuário, a partir da estruturação do conhecimento contido em modelos de informação médicos. A revisão de literatura cobriu o estado da arte sobre padrões de interoperabilidade em medicina, abordou as ontologias como artefatos de sistemas informatizados e como disciplina filosófica, além de apresentar aspectos relacionados a linguagem e a comunicação. Ao longo da realização da parte empírica foram estudados modelos de informação médica (arquétipos) e fragmentos sentenciais de prontuários, utilizando o realismo ontológico como arcabouço para criar uma representação ontológica de modelos e de afirmações sobre pacientes. A pesquisa foi metodologicamente organizada em 3 etapas: 1) Construção do arcabouço teórico; 2) Análise ontológica do modelo OpenEHR; 3) Representação ontológica da informação médica. O arcabouço, baseado na teoria de três mundos de Karl Popper, reconhece a existência de 4 tipos de entidades representacionais: as entidades de caráter ontológico, as entidades de caráter epistemológico, os registros informacionais e os processos de raciocínio. A análise do modelo de arquétipos openEHR demonstrou que existem limites para a representação exclusivamente realista do prontúario médico, mas que esta representação, se conduzida, reduz significativamente a ambiguidade. Conclui-se que a grande maioria dos fragmentos de informação de cunho médico foi representada adequadamente na ontologia. Observou-se que foi possível representar e recuperar adequadamente a informação médica através de ontologias representadas em lógica descritiva. Concluiu-se ainda que a abordagem ontológica apresenta limitações práticas que devem ser observadas e tratadas de acordo com a tecnologia utilizada e as necessidades de uso. Nesse sentido, os problemas mais imediatos detectados se referem ao tratamento de diferentes tipos de dados por ontologias realistas (por, exemplo, interpretações clínicas e qualidade de processos). Foram encontradas limitações inerentes à tecnologia utillizada (implementações baseadas em lógica descritiva) e mesmo inerentes à maleabilidade de interpretação da linguagem natural por seres humanos, que ainda está longe de ser imitada por sistemas automatizados.
Abstract: The huge volume of data produced in the course of research and medical practice requires the use of computerized systems. Moreover, a technical implementation of these softwares requires effective systems to "understand" the "semantic meaning" of the messages, store records, ask for specific information, meet other requests for information, besides being actually useful for a given medical informatics use case. The present study provides a thorough research on the representation of patient data through information models and biomedical ontologies, in order to identify linking points between a robust methodology, such as the ontological realism, and a flexible methodology, such as health information models. The objective of the research is to evaluate the ontological representation of clinical data, by analyzing the knowledge structure of clinical health information models. The literature review covered the state of the art of interoperability standards in medicine, ontologies as artifacts of computer systems and as a philosophical discipline, language and communication. On the empirical stage, we studied clinical models of medical data representation (archetypes) and sentential fragments of records, using the ontological realism as a framework to create a representation of ontological models and statements about patients. The methodology consisted of three steps: 1) theoretical framework creation, 2) ontological analysis of the openEHR archetype model; 3) ontological representation of medical information. The framework, based on the three worlds theory by Karl Popper, recognizes the existence of four types of representational entity: ontological entities, epistemological entities, informational records and reasoning processes. The openEHR archetype model analysis demonstrated that there are limits to the exclusive realistic representation of medical records, but also that this philosophically sound analysis significantly reduces the ambiguity in representation. Finally, the vast majority of fragments was adequately represented in the ontology. We were able to represent and retrieve information properly through medical ontologies represented in description logics. However, there are practical limitations which must be observed and treated in accordance with the technology used and usage needs. Several difficulties were encountered during the conversion of clinical data into an ontological representation. The more immediate problems relate to the treatment of different types of complex data by realist ontologies. We found limitations inherent to the technology (description logics based implementations) and even the inherent flexibility of natural language interpretation by humans, which is still far from being mimicked by automated systems.
Subject: Sistemas de informação gerencial
Ciência da informação
Representação do conhecimento (Teoria da informação)
Ontologias (Recuperação da informação)
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9HHGLS
Issue Date: 8-Nov-2013
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
doutorado_andr__andrade_v1_04_br.pdf2.58 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.