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Type: Tese de Doutorado
Title: Elementos traço na Leishmaniose visceral canina: correlações com aspectos clínicos, histopatológicos e estresse oxidativo
Authors: Carolina Carvalho de Souza
First Advisor: Wagner Luiz Tafuri
First Co-advisor: Silvia Dantas Cangussú
First Referee: Silvia Dantas Cangussu Mariani
Second Referee: Luciano dos Santos Aggum Capettini
Third Referee: Ricardo Goncalves
metadata.dc.contributor.referee4: Marcia Dalastra Laurenti
metadata.dc.contributor.referee5: Maria Lucia Pedrosa
Abstract: Cães são os principais reservatórios domésticos da leishmaniose visceral humana, sendo também vítimas da infecção. Elementos traço, como cobre (Cu), ferro (Ferro), zinco (Zn) e selênio (Se) são encontrados em baixas concentrações no organismo dos mamíferos e atuam na maturação e função de linfócitos T e B, no desenvolvimento da imunidade inata, além de participarem de atividades antioxidantes, evitando o dano tecidual. Na resposta infecciosa frente aos parasitos do gênero Leishmania, macrófagos são considerados as principais células microbicidas efetoras, pois sintetizam substâncias microbicidas como espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico e que também podem promover dano tecidual. Os ERMOs são capazes de provocar lipoperoxidação. Para se proteger contra tais danos, os hospedeiros vertebrados têm amplo sistema antioxidante que compreende sequestro de metais via proteínas ou via antioxidantes não enzimáticos tais como catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa-peroxidase (GSH-Px), nas quais participa o Fe, Cu, Zn e Se. O objetivo desse trabalho foi investigar as alterações dos elementos traço e suas relações com aspectos clínicos, histopatológicos e o estresse oxidativo na leishmaniose visceral canina. Trinta cães sem raça definida, adultos, de ambos os sexos, naturalmente infectados com L. infantum, oriundos do centro de zoonoses de Ribeirão das Neves, MG, com diagnósticos sorológicos (RIFI, ELISA) e parasitológicos (histológico, imunohistoquímico) e PCR positivos foram divididos de acordo com aspectos em: 19 cães sintomáticos e 11 assintomáticos. Outros nove cães também sem raça definida, de ambos os sexos, adultos, com testes sorológicos e parasitológicos negativos para Leishmania foram obtidos do município de Carandaí, MG (área não endêmica). Todos os animais foram eutanasiados com dose letal de Thiopental sódico com sedação prévia, sendo obtidos sangue e fragmentos de fígado, baço e linfonodos cervicais. Foram avaliados no soro os elementos traço e NO, no plasma a LPO; no sangue e tecidos (fígado, baço e linfonodos cervicais), a atividade da CAT, SOD e GSH-Px, além da deposição de Fe, a fibrilopoiese (fibrose) e a expressão de iNOS e da calprotectina pela imuno-histoquímica .Em todos os animais infectados observou-se uma diminuição sérica de Se, Zn e Fe e um aumento do Cu paralelamente à elevação de LPO plasmática e níveis mais baixos de CAT e GSH-Px no sangue. Em contrapartida encontrou-se elevada atividade da SOD nos animais infectados, principalmente nos sintomáticos. Nos diversos órgãos e principalmente nos tecidos dos cães sintomáticos observamos (1) baixa atividade das enzimas antioxidantes; (2) lesões intensas e frequentes, em geral caracterizadas por processo inflamatório crônico e difuso, congestão com deposição de hemossiderina e carga parasitária elevada; (3) elevada deposição de Fe tecidual associada à congestão; (4) aumento da fibrilopoiese; (5) diminuição da expressão da iNOS e da produção de NO; (6) maior número de macrófagos expressando Calprotectina (L1). Correlações positivas foram encontradas entre a maior deposição de ferro e a inflamação ou fibrose e a LPO e deposição de hemossiderina, bem como negativa entre o Fe e iNOS e NO.)Em conjunto, esses dados sugerem que os aspectos clínicos traduzidos por lesões acentuadas, maior carga parasitária e menor produção de NO em cães naturalmente infectados com L. infantum chagasi, estão diretamente relacionados com o desbalanço dos elementos traço, principalmente do Fe e a exudação de macrófagos imaturos.
Abstract: Dogs are the main domestic reservoirs acting as sources of parasites for transmission and infection of human visceral leishmaniasis. Trace elements, like cooper (Cu), iron (Fe), zinc (Zn) and selenium (Se) are found at low levels in the body of mammals and participate in some immunological process as maturation as function of T and B lymphocytes, innate immunity development and acting as anti-oxidants, preventing tissue damage. The immune response against Leishmania parasites is especially triggered by macrophages, as these cells can produce microbicidal substances such as, reactive molecular oxygen species (ROS) and nitric oxide that can kill the parasite and promote lipoperoxidation. Vertebrate hosts have an anti-oxidant system as catalase, superóxido dismutase and glutationa-peroxidase, dependent of Fe, Cu, Zn and Se. The aim of this work was to investigate possible alterations in trace elements and correlate these alterations with clinical and histopathological aspects and oxidative stress in visceral canine leishmaniasis. To answer these questions we studied 30 mongrel adult dogs, males and females, naturally infected with L. infantum from control of zoonosis center in the city of Ribeirão das Neves, MG. Their positivity for the disease was assayed by serological (RIFI, ELISA) and parasitological diagnostic (histology, immunohistochemistry) and PCR. After testing positive, animals were divided in 2 groups based on clinical features: 19 dogs were symptomatic and 11 were asymptomatic. Control animals were obtained from a nonendemic gerographical area, Carandaí, MG and tested negative for Leishmania in all assays mentioned above. All the animals were sedated, then euthanized with a lethal dose of Thiopental sodium. Samples of blood and fragments of liver, spleen, and cervical lymph node were obtained. The trace elements and NO were tested in the serum, the LPO in the plasma, the activity of anti-oxidant enzymes CAT, SOD and GSH-PX were measured in the blood and tissues. We also did some histochemical stainings to detect iron deposition and to visualize fibrotic areas. Finally, we did immunohistochemistry for iNOS and immature macrophage detection (calprotectin). When we analyzed trace elements, we observed a reduction in the serum levels of Se, Zn and Fe and an increase in Cu levels. At the same time there was an increase in plasma levels of LPO and a decrease in the blood levels of the enzymes CAT and GSH-Px. In spite of these results, we detected a higher activity of SOD enzyme in infected animals, especially the symptomatic ones. Regarding the organs and tissues of symptomatic animals, we found a decrease in the activity of anti-oxidant enzymes and innumerous macroscopic lesions: as a consequence of an intense, difuse and chronic inflammatory process as (1) congestion and deposition of hemosiderin with a high parasitic load; (2) congestion associated with high levels of iron deposition ;(3) increase in fibrilopoiesis; (4) decrease in the levels of iNOS and NO (5) high number of L1 positive macrophages. We found some positive correlations between iron deposition and degree of inflammation/fibroses and LPO and hemosiderin deposition. However there is a negative correlation between iron deposition and iNOS and NO. Together, these data suggest that the clinical status marked by injuries, higher parasite burden and lower NO production in dogs naturally infected with L. infantum chagasi, are directly related to the imbalance of trace elements, especially Fe, oxidative stress and exudation of immature macrophages.
Subject: Linfonodos/patologia
Leishmania/imunologia
Baço/patologia
Pele/patologia
Oligoelementos
Patologia
Estresse oxidativo
Análise química do sangue
Cães
Doenças do cão
Leishmaniose visceral
Fígado/patologia
Animais
Antioxidantes
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9C3GSV
Issue Date: 22-Jan-2013
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