Estudos sobre a localização de grupos O-acetílicos e de complexos lignina-xilana em hemicelulose nativa de Mimosa scabrella (bracatinga)
Resumo
Resumo: O caule de bracatinga (Mimosa scabrella) foi delignificado por tratamento com cloro a temperatura de ~ 4° e extraído com etanol a temperatura ambiente ou a refluxo. Do produto parcialmente delignificado, por extração com dimetilsulfóxido (DMSO) obteve-se um polissacarídeo complexo formado de unidades de D-xilopiranoses, ácido 4 - O-metil-D-glucurônico, grupos O-acetílicos e lignina numa relação percentual de 72: 13: 9: 6. Os grupos O-acetílicos, conforme determinado por análise de metilação com bloqueio prévio das hidroxilas livres por fenilisocianato, foram localizados em 0-2 (14%), 0-3 (16%) e 0-2,3 (5%) das unidades de D-xilopiranoses da 0-acetil-(4-0-metil glucurono) xilana. O uso do etanol a refluxo não causou nenhuma alteração significativa relativa aos grupos O-acetílicos. A analise por 13 C-n.m.r. de xilanas acetiladas sinteticamente e de estrutura conhecida, bem como do metil 4-0-metil-2-0-acetil-B-D-xilopiranosídeo utilizados como modelos antes e após o tratamento com Cl2 a temperatura de ~ 4° demonstrou que o processo de delignificação não causa migração ou remoção dos grupos O-acetílicos. A distribuição dos grupos O-acetílicos na xilana nativa sugere que os mesmos tenham relação com a conformação da molécula. A lignina está associada à xilana nativa de três maneiras distintas: interação secundária, ligação ester e ligação benzil eter.
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- Teses [195]