Estrutura vertical das correntes marinhas e sua relação com o vento em um ponto da Plataforma Continental Interna Paranaense
Resumo
Resumo: O comportamento hidrodinâmico da Plataforma Continental Interna Paranaense (PCIP) ainda é pouco conhecido quando comparado com a porção norte do Embaiamento Sul Brasileiro (ESB) pela proximidade com as maiores metrópoles do país. Com o intuito de estudar a estrutura vertical das correntes e sua relação com o vento, dados de velocidade e direção destes dois parâmetros foram coletados através de uma boia oceanográfica, fixada nas proximidades da desembocadura sul do Complexo Estuarino de Paranaguá (CEP) (25º 29,77’ S, 48º 19,46’ O) a aproximadamente 10 km da costa sobre a isóbata de 16 m. O período de medições utilizado foi de 183 dias (17 de dezembro de 2013 – 17 de julho de 2014). A velocidade máxima registrada das correntes foi de 58,9 cm.s-1. O fluxo predominante das correntes é paralelo a costa (orientação sudoeste – nordeste). Durante o verão predominam os fluxos com direção para sudoeste com inversões durante a passagem de sistemas frontais, com a aproximação do inverno os fluxos vão tendendo para a nordeste. As séries de velocidade das correntes e tensão do vento foram bem correlacionadas, sendo que a correlação entre as componentes longitudinais filtradas dos dois parâmetros foi 0,8. Entretanto, fluxos anômalos das correntes em relação à tensão do vento foram encontradas logo após a passagens de sistemas frontais. Tais eventos foram atribuídos ao efeito de molhe exercido pelo delta de maré vazante do CEP sobre os fluxos ainda intensos pós-frontais.
Palavras-chave: Hidrografia. Correntes costeiras. Correntes forçadas pelo vento. Plataforma interna. Frentes frias. Paraná.
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- Oceanografia [354]