Análise da capacidade funcional de pacientes egressos de internação por COVID-19 [recurso eletrônico]
TESE
Português
T/UNICAMP OL4a
[Analysis of the functional capacity of patients returned from hospitalization due to COVID-19]
Campinas, SP : [s.n.], 2023.
1 recurso online (50 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientadores: Mônica Corso Pereira, Ligia dos Santos Roceto Ratti
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Objetivos: Descrever a capacidade funcional em um grupo de indivíduos egressos de hospitalização devido à pneumonia causada pela COVID-19 (SARS-CoV-2), por meio de três métodos: medida de força de preensão palmar, escala de independência funcional (MIF) e teste de caminhada de seis minutos...
Resumo: Objetivos: Descrever a capacidade funcional em um grupo de indivíduos egressos de hospitalização devido à pneumonia causada pela COVID-19 (SARS-CoV-2), por meio de três métodos: medida de força de preensão palmar, escala de independência funcional (MIF) e teste de caminhada de seis minutos (TC6). Buscar associação entre os três testes funcionais e variáveis clínicas do indivíduo, como idade, comorbidades, gravidade da pneumonia e parâmetros da internação hospitalar. Métodos: Trata-se de estudo unicêntrico, prospectivo, observacional realizado em um hospital terciário universitário brasileiro. Foram incluídos 125 pacientes de ambos os sexos, acima de 18 anos, que estiveram hospitalizados por COVID-19 entre maio a outubro de 2020. Os pacientes foram avaliados após cerca de três meses da alta hospitalar, quando realizaram os dois testes funcionais propostos e responderam à MIF. Foi feita análise estatística para buscar correlações entre dados demográficos e clínicos com os testes aplicados, bem como investigar se haveria correlação entre os três testes. Resultados: Após cerca de três meses da alta hospitalar os pacientes já apresentavam uma distância caminhada satisfatória (mediana de 457m), força de preensão palmar semelhante aos valores encontrados em indivíduos saudáveis: 38,9 ± 11,7 kg/f em homens, 27,3 ± 2,8 kg/f em mulheres. Obtiveram também escores na MIF que indicavam independência funcional (122,8 ± 9,9). Os três testes apresentaram correlação entre si, sendo moderada entre a distância percorrida e a MIF (r 0,470 / p < 0,001), fraca entre distância percorrida e preensão palmar (r 0,375 / p < 0,001) e entre preensão palmar e MIF (r 0,317 / p < 0,001). Idade e comorbidades estiveram associadas com menores distâncias no TC6, enquanto o uso de ventilação mecânica mostrou associação com dessaturação no mesmo teste. O tempo de internação esteve associado a piores resultados no TC6 (distância caminhada e dessaturação) (p < 0,005). Conclusão: Os pacientes analisados apresentaram uma recuperação funcional satisfatória após três meses de alta, independentemente da gravidade inicial ou do tempo de internação hospitalar. Embora avaliem diferentes dimensões da capacidade funcional, as correlações entre os três testes sugerem que estes podem ser utilizados em complementaridade
Abstract: Objectives: We aimed to describe the functional capacity of a group of individuals discharged due to pneumonia caused by COVID-19 (SARS-CoV-2), using three tests: handgrip strength test (HGT), functional independence measure (FIM), and six-minute walk test (6MWT). We also investigated...
Abstract: Objectives: We aimed to describe the functional capacity of a group of individuals discharged due to pneumonia caused by COVID-19 (SARS-CoV-2), using three tests: handgrip strength test (HGT), functional independence measure (FIM), and six-minute walk test (6MWT). We also investigated whether there is association between the functional tests and the individual’s clinical variables, such as age, comorbidities, severity of pneumonia and hospitalization parameters. Methods: This was a single-center, prospective, observational study that was carried out in a tertiary Brazilian teaching hospital. A total of 125 patients of both sexes, over 18 years of age, who were hospitalized for COVID-19 from May to October, 2020 were included. All patients performed the two functional tests and answered the FIM three months after hospital discharge. Statistical analysis was performed to look for correlations between demographic and clinical data with the tests applied, as well as to investigate whether there was a correlation between the three tests. Results: About three months after hospital discharge, the patients already had a satisfactory walking distance (median of 457m), presented handgrip strength similar to the values found in healthy individuals (38.9 ± 11.7 kg/f in men and 27.3 ± 2.8 kg/f in women), and presented FIM scores that indicated functional independence (122.8 ± 9.9). The three tools showed correlation among themselves: 6MWT x FIM (r=0.470, p < 0.001), 6MWT x HGT (r=0.375, p < 0.001) and HGT x FIM (r=0.317, p < 0.001). Age and previous comorbidities correlated to shorter distances covered in the 6MWT, while the use of mechanical ventilation was associated with desaturation in the 6MWT. Length of stay was associated with worse results in the 6MWT (walked distance and desaturation) (p < 0.005). Conclusion: Despite initial severity and long hospital stay, the analyzed patients showed a satisfactory functional recovery three months after discharge. Although 6MWT, HGT and FIM assess different dimensions of functional capacity, the correlations found suggest that they can be used in complementarity