Etiologia da perda auditiva em indivíduos heterozigotos para o locus DFNB1 [recurso eletrônico]
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP G132e
[Etiology of hearing loss in individuals heterozygous for the DFNB1 locus]
Campinas, SP : [s.n.], 2020.
1 recurso online (82 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Edi Lúcia Sartorato
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: A perda auditiva representa a doença sensorial mais comum em todo o mundo. Em países desenvolvidos possui frequência de 1 em cada 1000 nascidos vivos. No Brasil, possui uma frequência estimada de 4 para cada 1000 nascimentos a variar dependendo da região. Até o momento foram identificados...
Resumo: A perda auditiva representa a doença sensorial mais comum em todo o mundo. Em países desenvolvidos possui frequência de 1 em cada 1000 nascidos vivos. No Brasil, possui uma frequência estimada de 4 para cada 1000 nascimentos a variar dependendo da região. Até o momento foram identificados cerca de 75 genes relacionados a perda auditiva não sindrômica autossômica recessiva. Em muitas populações ocidentais, variantes apenas no gene GJB2, localizado no locus DFNB1, que codifica a conexina 26, são responsáveis por 50% da perda auditiva não sindrômica autossômica recessiva, sendo que a variante mais comum é a c.35delG, presente em 70% dos casos, e com uma frequência de portadores de 2 a 4% em algumas populações. Variantes no GJB6, localizado no locus DFNB1, também são uma causa comum de perda auditiva, muitas vezes associada a variantes no gene GJB2. Por sua vez, variantes em outro gene de conexina, o gene GJB3, já foram associadas a perda auditiva e doenças de pele. Estudos prévios também apontaram uma deleção no de PATJ em um paciente com perda auditiva. Esse gene não havia sido foi associado à perda auditiva anteriormente. Esse trabalho teve por objetivo estabelecer a prevalência e variantes nos genes GJB6, GJB3 e PATJ em pacientes com perda auditiva que permanecem com diagnóstico molecular inconclusivo e verificar se essas variantes estão associadas a alterações em outros genes de conexinas. A casuística incluiu 38 indivíduos não aparentados com perda auditiva pré-lingual não sindrômica que são heterozigotos para variantes no locus DFNB1. Para a busca de novas variantes no exon codificante dos genes GJB6 e GJB3 foi utilizado o sequenciamento de Sanger. Utilizou-se também da técnica de RFLP-PCR para o rastreio da variante R32W no gene GJB3. A técnica de PCR em tempo real foi realizada para se validar a presença de uma deleção no gene PATJ previamente identificada em um estudo anterior. Não foram encontradas alterações no exon codificante dos genes GJB6 e GJB3 que pudessem estar relacionadas à etiologia da perda auditiva nos pacientes estudados, e a deleção no gene PATJ não estava presente diante do resultado obtido pela técnica de PCR em tempo real. A associação de novas alterações em genes conexinas em indivíduos heterozigotos para o locus DFNB1 não foi observada pelas técnicas utilizadas nesse trabalho. Nesses casos, portanto, para um diagnóstico preciso recomenda-se o sequenciamento completo do genoma desses indivíduos
Abstract: Hearing loss represents the most common sensory disease worldwide. In developed countries it has a frequency of 1 in every 1000 live births. In Brazil, it has an estimated frequency of 4 for every 1000 births to vary depending on the region. To date, about 75 genes related to autosomal...
Abstract: Hearing loss represents the most common sensory disease worldwide. In developed countries it has a frequency of 1 in every 1000 live births. In Brazil, it has an estimated frequency of 4 for every 1000 births to vary depending on the region. To date, about 75 genes related to autosomal recessive non-syndromic hearing loss have been identified. In many western populations, variants only in the GJB2 gene, located in the DFNB1 locus, which codes for connexin 26, are responsible for 50% of autosomal recessive non-syndromic hearing loss, the most common variant being c.35delG, present in 70 % of cases, and with a carrier frequency of 2 to 4% in some populations. Variants in GJB6, located at the DFNB1 locus, are also a common cause of hearing loss, often associated with variants in the GJB2 gene. In turn, variants in another connexin gene, the GJB3 gene, have already been linked to hearing loss and skin diseases. Previous studies have also pointed out a deletion in PATJ in a patient with hearing loss. This gene had not been previously associated with hearing loss. This work aimed to establish the prevalence and variants in the GJB6, GJB3 and PATJ genes in patients with hearing loss who remain with an inconclusive molecular diagnosis and to verify whether these variants are associated with changes in other connexin genes. The sample included 38 unrelated individuals with non-syndromic pre-lingual hearing loss who are heterozygous for variants in the DFNB1 locus. To search for new variants in the exon encoding the GJB6 and GJB3 genes, Sanger sequencing was used. The RFLP-PCR technique was also used to screen for the R32W variant in the GJB3 gene. The real-time PCR technique was performed to validate the presence of a deletion in the PATJ gene previously identified in a previous study. There were no changes in the exon coding for the GJB6 and GJB3 genes that could be related to the hearing loss etiology in the studied patients, and the deletion in the PATJ gene was not present in view of the result obtained by the real-time PCR technique. The association of new alterations in connexin genes in heterozygous individuals for the DFNB1 locus was not observed by the techniques used in this work. In such cases, therefore, for an accurate diagnosis, complete sequencing of the genome of these individuals is recommended
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