O nivel de robustez interacional e a interferencia das abordagens de ensinar e de aprender em aulas de lingua estrangeira
Elenir Voi Xavier de Moura
TESE
Português
T/UNICAMP M865n
[The level of interactional robustness and the interference of the teaching and learning approaches in the foreign language classroom]
Campinas, SP : [s.n.], 2005.
338 p. : il.
Orientador: Jose Carlos Paes de Almeida Filho
Tese aguardando autorização para liberação do texto completo no Repositório da Produção Científica e Intelectual da UNICAMP
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem
Resumo: Este trabalho é o resultado de um estudo etnográfico sobre o nível de robustez das interações na sala de aula de língua estrangeira para iniciantes, com a utilização do livro didático (LD) English File 1. O arcabouço teórico delimitado para a análise foi a teoria vygostkiana, o modelo global...
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Resumo: Este trabalho é o resultado de um estudo etnográfico sobre o nível de robustez das interações na sala de aula de língua estrangeira para iniciantes, com a utilização do livro didático (LD) English File 1. O arcabouço teórico delimitado para a análise foi a teoria vygostkiana, o modelo global de ensino de línguas de Almeida Filho (1993) e os conceitos
neovygotskianos sobre interação em sala de aula. Os dados foram coletados em uma escola de língua estrangeira, em que os alunos estavam cursando os primeiros estágios do curso de inglês, durante o segundo semestre de 2002 e o primeiro semestre de 2003. Este estudo incorporou instrumentos de coleta de dados que se complementaram: filmagem e transcrição de aula, questionários, entrevistas, amostras dos materiais usados nas atividades, e uso de diários. Concluímos que o nível de robustez interacional esteve intimamente ligado à abordagem do professor, às crenças dos alunos sobre o que é aprender uma língua estrangeira, bem como à abordagem dos autores do livro didático. Consideramos haver aspectos facilitadores para a criação de interações ricas bem como aspectos limitadores. No que tange aos aspectos facilitadores, percebemos que a professora usou do humor, de comentários pessoais, de falas lentas e gestos para que os alunos, iniciantes, entendessem o que ela estava falando. Ainda sobre as interações, várias atividades das aulas observadas favoreceram o surgimento da voz dos alunos, em pequenos falas exploratórias, quando os alunos falavam para além daquilo que a professora e o livro didático haviam ensinado. Pudemos perceber, portanto, que a robustez foi uma ccrconstrução que se dá entre alunos e professores, durante a concretização da aula de língua inglesa. Todavia, com um livro e uma professora com uma abordagem comunicativizada é possível prever que nem todos os momentos foram exploratórios como é o ideal de Van Lier (1997). Os momentos de repetição levaram a aula para o extremo menos exigente do contínuo de Van Lier (1997). As técnicas da professora baseada em ensinar diálogos pequenos não favoreceram, em grande escala, o surgimento de falas que levassem os alunos a expressar significados reais. Outros aspectos limitadores deste ambiente de aprendizagem foram o fato de a professora ter um ritmo um pouco mais acelerado do que o dos alunos, ter um foco gramatical e utilizar, embora em poucos momentos, a língua materna Ver menos
neovygotskianos sobre interação em sala de aula. Os dados foram coletados em uma escola de língua estrangeira, em que os alunos estavam cursando os primeiros estágios do curso de inglês, durante o segundo semestre de 2002 e o primeiro semestre de 2003. Este estudo incorporou instrumentos de coleta de dados que se complementaram: filmagem e transcrição de aula, questionários, entrevistas, amostras dos materiais usados nas atividades, e uso de diários. Concluímos que o nível de robustez interacional esteve intimamente ligado à abordagem do professor, às crenças dos alunos sobre o que é aprender uma língua estrangeira, bem como à abordagem dos autores do livro didático. Consideramos haver aspectos facilitadores para a criação de interações ricas bem como aspectos limitadores. No que tange aos aspectos facilitadores, percebemos que a professora usou do humor, de comentários pessoais, de falas lentas e gestos para que os alunos, iniciantes, entendessem o que ela estava falando. Ainda sobre as interações, várias atividades das aulas observadas favoreceram o surgimento da voz dos alunos, em pequenos falas exploratórias, quando os alunos falavam para além daquilo que a professora e o livro didático haviam ensinado. Pudemos perceber, portanto, que a robustez foi uma ccrconstrução que se dá entre alunos e professores, durante a concretização da aula de língua inglesa. Todavia, com um livro e uma professora com uma abordagem comunicativizada é possível prever que nem todos os momentos foram exploratórios como é o ideal de Van Lier (1997). Os momentos de repetição levaram a aula para o extremo menos exigente do contínuo de Van Lier (1997). As técnicas da professora baseada em ensinar diálogos pequenos não favoreceram, em grande escala, o surgimento de falas que levassem os alunos a expressar significados reais. Outros aspectos limitadores deste ambiente de aprendizagem foram o fato de a professora ter um ritmo um pouco mais acelerado do que o dos alunos, ter um foco gramatical e utilizar, embora em poucos momentos, a língua materna Ver menos
Abstract: This ethnography-based research investigates the leveI of robustness in interactions in the foreign language classroom for beginners, with the use of the book English File 1. The theoretical framework was the sociocultural theory, the global model for language teaching by Almeida Filho...
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Abstract: This ethnography-based research investigates the leveI of robustness in interactions in the foreign language classroom for beginners, with the use of the book English File 1. The theoretical framework was the sociocultural theory, the global model for language teaching by Almeida Filho (1993) and the concepts on interaction coined by neovygotskian researchers. The data were collected in a foreign language schooL in which the students were attending the ftrst levels of the English course, in 2002/2003. This study incorporated the following data gathering instruments: filming and transcriptions of lessons, questionnaires, interviews, samples of activities used in the classroom, and diaries. It was possible to conclude that the leveI of robustness is intimately related to the teacher's approach, to the students' beliefs about what learning a foreign language is, as well as to the approach of the text book' s authors. There were aspects that constrained and also enabled
the creation of an enviromnent where the robustness is present. Concerning the enabling aspects, the teacher used humor, personal comments, a slow way of speaking, and gestures in order to help the beginners understand what she was saying. The students also contributed with small exploratory utterances, going beyond the content the teacher and the book had provided They also used gestures to communicate. Thus, it was possible to conclude that robustness was a joint construction between teacher and students, during the realization of the language teaching/learning process.However, with a book and a teacher whose approaches are pretentiously communicative, it is predictable that not alI moments were exploratory, as Van Lier (1997) idealizes. The repetition moments led the lessons to the less demanding side of Van Lier's continuum. Other constraints factor are the fact that the teacher had a faster pace than her students, her grammatical focus and the use ofthe mother tongue in some moments Ver menos
the creation of an enviromnent where the robustness is present. Concerning the enabling aspects, the teacher used humor, personal comments, a slow way of speaking, and gestures in order to help the beginners understand what she was saying. The students also contributed with small exploratory utterances, going beyond the content the teacher and the book had provided They also used gestures to communicate. Thus, it was possible to conclude that robustness was a joint construction between teacher and students, during the realization of the language teaching/learning process.However, with a book and a teacher whose approaches are pretentiously communicative, it is predictable that not alI moments were exploratory, as Van Lier (1997) idealizes. The repetition moments led the lessons to the less demanding side of Van Lier's continuum. Other constraints factor are the fact that the teacher had a faster pace than her students, her grammatical focus and the use ofthe mother tongue in some moments Ver menos
Almeida Filho, José Carlos Paes de, 1948-
Orientador
Freitas, Maria Adelaide de
Avaliador
Doi, Elza Taeko, 1946-
Avaliador
Alvarenga, Magali Barçante
Avaliador
Untermann, Enrique Huelva
Avaliador
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Elenir Voi Xavier de Moura
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