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Authors
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Abstract(s)
O presente estudo teve como principal objectivo conhecer um pouco mais a realidade
psicológica de crianças e pré-adolescentes com e sem história de maus-tratos, através do
estudo do Autoconceito que constitui um constructo de elevada importância na
formação da personalidade dos indivíduos. Para a avaliação do Autoconceito, utilizouse
a Escala de Autoconceito “Como é que eu sou” para crianças e pré-adolescentes,
adaptada por Costa (s/d). A população do estudo é constituída por crianças que vivem
em famílias de acolhimento e instituições de acolhimento (com história de maus-tratos)
e em famílias de origem (sem história de maus-tratos). Os participantes constituíram
uma amostra de 90 crianças, com idades compreendidas entre os 8 e os 12 anos
(M=9.76), das quais 37 eram oriundas de famílias de acolhimento, 28 de famílias de
origem e 25 de instituições de acolhimento. Os resultados obtidos indicam-nos que
apenas existem diferenças relevantes e estatisticamente significativas na sub-escala
Aceitação Social, a favor das crianças e pré-adolescentes sem história de maus-tratos.
Por outro lado, na sub-escala Competência Atlética as crianças do género feminino com
história de maus-tratos apresentam um autoconceito superior ao grupo sem história de
maus-tratos. De salientar que a auto-estima global (a percepção sobre se gosta de si e se
é feliz) do grupo com história de maus-tratos não se mostrou estatisticamente diferente
do grupo sem história de maus-tratos. Conclusão Final do estudo: o grupo de crianças e
pré-adolescentes com história de maus-tratos, conseguiu ultrapassar as adversidades
provocadas pelas vivências de maus-tratos e pelo afastamento da família de origem e
apresenta um autoconceito e auto-estima semelhante ao grupo das crianças sem história
de maus-tratos.
This present study had as main objective to know a little more the reality psychological
of children and pre-adolescent with and without a history of ill-treatment, by the study
of the Self-concept as a construct of high importance in shaping the personality of
individuals. For the evaluation of the Self-concept, we used the Self-Concept Scale
"How am I" for children and pre-adolescents, adapted by Costa (s/d). The study
population consists of children living in host families and host institutions (with a
history of ill-treatment) and in families of origin (without history of ill-treatment). The
participants were a sample of 90 children, aged between 8 and 12 years (M = 9.76), of
which 37 were from the host families, 28 from families of origin and 25 from the host
institutions. The obtained results show us that there are only relevant and statistically
significant differences in the sub-scale Social Acceptance in favour of children and preadolescents
with no history of ill-treatment. Furthermore, in sub-scale Athletic
Competence children female with a history of ill-treatment, shows have a higher selfconcept
to the group with no history of ill-treatment. Note that the global self-esteem
(the perception of whether you like and is happy) in the group with a history of illtreatment
was not statistically different from group with no history of ill-treatment.
Final conclusion of the study: the group of children and pre-adolescents with a history
of mistreatment, to overcome the adversity caused by experiences of ill-treatment and
the removal of the family of origin presents a self-esteem and self-concept similar to the
group of children with no history of ill-treatment.
Cette étude avait comme objectif principal de savoir un peu plus sur la réalité
psychologique des enfants et pré-adolescents avec et sans antécédents de mauvais
traitements infligés, a travers l´ étude de l'Auto-concept comme construction de grande
importance dans la formation de la personnalité des individus. Pour l'évaluation de
l'auto-concept, nous avons utilisé l'Échelle d'Auto-concept "Comment je suis" pour les
enfants et les pré-adolescents, adapté par Costa (s / d). La population étudiée est
constituée des enfants vivant dans des familles d'accueil et les établissements d'accueil
(avec une histoire de mauvais traitements) et dans les familles d'origine (sans
antécédents de mauvais traitements). Les participants ont été constitués d'un échantillon
de 90 enfants, âgés entre 8 et 12 ans (M = 9,76), dont 37 étaient issus des familles
d'accueil, 28 des familles d'origine et 25 d’ établissements d'accueil. Les résultats nous
montrent qu'il y a seulement des diférences pertinentes et statistiquement significatives
dans la sous-échelle d'acceptation sociale en faveur des enfants et des pré-adolescents
sans antécédents de mauvais traitements. En outre, dans la sous-échelle de compétence
sportive les enfants du gendre féminin ayant des antécédents de mauvais traitements ont
un auto-concept supérieur au groupe sans antécédents de mauvais traitements. De noter
que le monde l'estime de soi (la perception de savoir si vous le souhaitez et il est
heureux) dans le groupe ayant des antécédents de mauvais traitements n'est pas
statistiquement différent du groupe sans antécédents de mauvais traitements.
Achèvement de l'étude: le groupe d'enfants et pré-adolescents qui ont des antécédents de
mauvais traitements, à surmonter les difficultés causées par des expériences de mauvais
traitements et l'élimination de la famille d'origine et de présenter une estime de soi et
même dans le groupe des les enfants sans antécédents de mauvais traitements.
Description
Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Psicologia, especialização em Psicologia da Educação e Intervenção Comunitária.
Keywords
Autoconceito Auto-estima Família Vinculação Self-concept Self-esteem Family Attachment Auto-concept l'estime de soi, de la famille, des liens