Contemporary public health challenges: association between overweight, immigrant background and sociodemographic characteristics among Portuguese school-age children

Abstract

ABSTRACT - Introduction: Given the public health relevance of childhood obesity and the growing migration phenomenon, it is important to understand the influence of having immigrant background. The purpose of this study is to explore the association between immigrant background, sociodemographic characteristics and the prevalence of overweight among children born in Portugal. Methods: Using data from the 5th round (2018/2019) of COSI Portugal, anthropometric measurements of 5765 children (6-8 years old) were used to estimate the prevalence of overweight (including obesity). Through family forms completed by the parents, the children’s immigrant background, the families’ SES and the parents’ nutritional status were obtained. Results: 30.1% of the children with just one foreign-born parent, 32.3% of the children with both foreign-born parents and 29.8% of the children with native-born parents presented overweight. These differences were not statistically significant. No association between having immigrant background and childhood overweight was found. Children whose fathers were unemployed, whose mothers and fathers presented a low education level and whose family perceived wealth was reported as low, presented higher values of overweight. Children with mothers and fathers classified as overweight were more likely to present overweight. Conclusion: This study supports the role of SES and overweight among parents as predictors of childhood overweight. Although no association between immigrant background and childhood overweight was found, the study emphasises the need of exploring sociocultural aspects, eating and physical activity habits, and the health status of the populations of both the parent’s country of origin and the host country. These should be considered in future research and in childhood obesity preventive strategies.

RESUMO - Introdução: Dada a relevância da obesidade infantil e a crescente migração internacional, é importante compreender a influência do background migratório. Este estudo tem como objetivo explorar a associação entre background migratório, características sociodemográficas e a prevalência de excesso de peso em crianças nascidas em Portugal. Metodologia: Através de informação referente à 5ª ronda (2018/2019) do estudo COSI Portugal, os dados antropométricos de 5765 crianças (6-8 anos de idade) foram utilizados para calcular a prevalência de excesso de peso (incluindo obesidade). O background migratório das crianças, o estatuto socioeconómico da família e o estado nutricional dos progenitores foram obtidos através dos questionários família preenchidos pelos progenitores. Resultados: 30.1% das crianças com um dos progenitores nascido no estrangeiro, 32.3% com ambos os progenitores nascidos no estrangeiro e 29.8% das crianças com progenitores nascidos em Portugal, apresentavam excesso de peso (diferenças sem significado estatístico). Não foi encontrada associação entre background migratório e excesso de peso infantil. As crianças cujo progenitor (pai) se encontrava desempregado, mostraram valores de excesso de peso mais elevados. O mesmo foi observado quando ambos os progenitores apresentavam um baixo nível de educação e nas famílias que reportaram baixo rendimento económico. Crianças com mães e pais com excesso de peso, apresentaram maior risco de desenvolver excesso de peso. Conclusão: Este trabalho corrobora o papel do estatuto socioeconómico e do excesso de peso nos progenitores como preditores de excesso de peso infantil. Adicionalmente, salienta a necessidade de explorar aspetos socioculturais, hábitos alimentares e de atividade física e o estado de saúde da população dos países de origem e de acolhimento. Estes aspetos devem ser considerados em estudos futuros e em estratégias para a prevenção da obesidade infantil.