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http://hdl.handle.net/10362/4174
Título: | Como é que é com o é que? Análise de estruturas com é que em variedades não standard do português europeu |
Autor: | Vercauteren, Aleksandra M. W. |
Orientador: | Lobo, Maria |
Palavras-chave: | Clivadas Interrogativas Periferia esquerda |
Data de Defesa: | Mar-2010 |
Editora: | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Resumo: | Esta dissertação discute o estatuto e a estrutura interna da sequência SER que em diferentes estruturas do português europeu não standard a partir do corpus Cordial-Sin. Com base na concordância temporal concluímos que existem dois tipos de SER que: é que invariável e SER que com SER verbo pleno. Argumentamos que é que invariável lexicaliza C em todas as estruturas em que aparece. Nas clivadas, o constituinte clivado encontra-se no especificador de uma categoria proxy projectado por CP que tem é que como núcleo, e pode ser gerado na base ou ser movido desde o interior de IP para a verificação de um traço de CP. A nível semântico-pragmático, existem três tipos de é que: i) um marcador de contraste que encontramos nas clivadas de é que, ii) um intensificador de valor expressivo que encontramos nas exclamativas com pronome expletivo e iii) um simples lexicalisador de C nas interrogativas, adverbiais e relativas. Ainda, as clivadas podem ter diferentes interpretações, dependendo do estatuto informacional do constituinte clivado e do resto da proposição. Pode haver contraste de mais do que um constituinte numa mesma oração, e um mesmo constituinte pode ser objecto a duas estratégias de clivagem. Propomos que as clivadas de SER que têm o mesmo valor que as clivadas canónicas. Ainda analisamos duas estruturas do português europeu não standard: os clivados nulos e as clivadas de SER X é que. Os primeiros comportam-se como clivadas de é que, sendo o constituinte clivado um Operador nulo ligado ao discurso. A clivada de SER X é que é uma estrutura mista com características sintácticas e semântico-pragmáticas das clivadas canónicas e das clivadas de é que. Apesar de não estar descrita na maioria dos trabalhos sobre o português, está largamente difundida no território português. |
Descrição: | Dissertação de Mestrado em Ciências da Linguagem |
URI: | http://hdl.handle.net/10362/4174 |
Aparece nas colecções: | FCSH: DL - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
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