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http://hdl.handle.net/10400.16/1991
Título: | Osteointegração nos amputados: um passo em frente! |
Autor: | Oliveira, V. Cantista, P. Brånmark, R. Cardoso, P. |
Palavras-chave: | Osteointegração protocolo OPRA amputado função prótese |
Data: | 2015 |
Editora: | Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia |
Citação: | Rev Port Ortop Traum 23(2): 168-176, 2015 |
Resumo: | ntrodução: Em Portugal, até agora, as próteses de reabilitação usadas para doentes amputados a nível transfemoral e transtibial condicionam trocas frequentes por motivos de alargamento, instabilidade, desconforto, problemas de pele e dor no coto que originam limitação funcional e perda de qualidade de vida. Em 1990, na Suécia, adoptou-se a técnica de osteointegração no membro inferior e superior com o desenvolvimento inovador da fixação óssea da prótese, eliminando o contacto com a pele e permitindo ganhar função e independência destes doentes. O desenvolvimento do protocolo OPRA permitiu definir critérios de indicação e seleção dos doentes e programar um processo de reabilitação individualizado. A técnica engloba 2 tempos cirúrgicos nos ossos longos. Os autores reportam o primeiro caso clínico de osteointegração realizado em Portugal. Caso Clínico: Um amputado transtibial com necessidade de trocas frequentes da prótese de reabilitação tipo socket, foi selecionado para osteointegração. Na fase S1 foi introduzido o implante intramedular. Após 6 meses, na fase S2 foi colocada a conexão de titânio por protusão à pele, e estabilização dos tecidos moles. O programa de reabilitação foi gradual e individualizado. Recorreu-se à escala visual analógica da dor para progressão da recuperação funcional. O doente está satisfeito e com capacidade de realizar eficazmente atividades até aqui inatingíveis. Discussão: A osteointegração implica uma equipa multidisciplinar e visa promover qualidade de vida e recuperar eficazmente doentes amputados para a sociedade ativa. Neste primeiro doente verificou-se ganho de função e independência com claro impacto psicosocioeconómico. Factores como a estrutura, dinâmica e bioquímica do tecido ósseo assim como a estabilização dos tecidos moles são fundamentais. As complicações possíveis incluem infeção, necrose cutânea, descelagem e fractura. As vantagens biomecânicas são maior segurança, suporte dos tecidos moles, estabilidade protésica e, no caso das amputações transfemorais, maior flexão do joelho. Conclusão: A osteointegração representa um passo em frente na reabilitação dos amputados e os autores acreditam que contribuirá no futuro para dotar as próteses de função sensitivomotora artificial, com o desenvolvimento das neurociências, robótica e engenharias electrotécnica e biomédica. A osteointegração permitiu projetar uma vida diferente e mais ativa para este doente, conjugando os impactos biomecânico, fisiológico, psicológico, social e económico. |
Peer review: | yes |
URI: | http://hdl.handle.net/10400.16/1991 |
ISSN: | 1646-2939 |
Versão do Editor: | http://www.rpot.pt/app/public/detalhes/arquivoDetalhes.xhtml?id=351&locale=pt |
Aparece nas colecções: | SO - Artigos publicados em revistas não indexadas na Medline |
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Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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OSTEOINTEGRAÇÃO NOS AMPUTADOS.pdf | 813 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
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