Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10451/28266
Título: O Anticristianismo no Brasil
Outros títulos: Anti-Christianity in Brazil
El anticristianismo en Brasil
Autor: Souza, Rogério Luiz de
Fabrício, Edison Lucas
Palavras-chave: Anticristianismo
Resistência cultural
Secularização
Laicidade
Data: 2015
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar as manifestações e práticas de anticristianismo na História do Brasil. O ponto de partida da reflexão é a observação do impacto e da influência da religião cristã na história do país. Sendo o cristianismo católico a religião oficial por quase quatro séculos, o anticristianismo se manifestou de diversas formas e em diversas circunstâncias como “a arte do fraco” (expressão de Michel de Certeau). O cristianismo, como religião hegemônica, encontrou resistência e hostilidade em diversos grupos sociais do Brasil colonial, desde os povos nativos até os negros que vinham escravizados da África e os cristãos-novos forçados à conversão e à imigração ao Brasil. Como prática não arquitetada e difusa, o anticristianismo assumiu uma forma silenciosa e subterrânea em consumidores da literatura ilustrada no século XVIII, fossem eles conspiradores políticos que queriam o fim da monarquia nas diversas conjurações ou mesmo membros da elite política e econômica que estudavam em Coimbra. Assim, o anticristianismo atravessou o século XIX e chegou ao XX como um movimento de “descristianização interior”, em grande medida alimentado pelas forças secularizantes oriundas de filosofias como o positivismo, o anarquismo, socialismo e modernismo. Movimento fugidio, o anticristianismo só poderá ser compreendido em conjunto com o processo de secularização e laicização em curso.
The aim of this study is to analyze the anti-Christian demonstrations and practices in the history of Brazil. The starting point of reflection is the observation of the impact and influence of Christianity in history. Once Catholic Christianity has been the official religion for nearly four centuries, anti-Christianity has been manifested in various forms and under various circumstances as “the art of the weak” (Michel de Certeau’s expression). Christianity, as a hegemonic religion, was faced with resistance and hostility by several social groups of colonial Brazil, from native peoples to blacks, who had been enslaved in Africa, and the New Christians forced to conversion and immigration to Brazil. As a not planned and diffuse practice, the anti-Christianity took a silent and underground form among consumers of illustrated literature in the eighteenth century, no matter if they were political conspirators who wanted the end of the monarchy in the various castes or members of the political and economic elite who studied at Coimbra. Thus, the anti-Christianity crossed the nineteenth century and reached the twentieth century as a movement of “inner De-Christianization” largely empowered by secularizing forces which have arisen from philosophies such as positivism, anarchism, socialism and modernism. As a fleeting movement, the anti-Christianity can only be understood in conjunction with the process of secularization and laicization underway.
El objetivo de este estudio es analizar las manifestaciones y prácticas anticristianas en la Historia de Brasil. El punto de partida para la reflexión es la observación del impacto y de la influencia de la religión cristiana en la historia del país. Siendo el cristianismo católico la religión oficial por casi cuatro siglos, el anticristianismo se manifestó en varias formas y en diversas circunstancias como “el arte de los débiles” (expresión de Michel de Certeau). El cristianismo, como una religión hegemónica, encontró resistencia y hostilidad en varios grupos sociales del Brasil colonial, desde los indígenas hasta los negros que venían esclavizados de África y los nuevos cristianos obligados a la conversión y la inmigración a Brasil. Como práctica no planificada y difusa, el anticristianismo asumió una forma silenciosa y subterránea en consumidores de la literatura ilustrada en el siglo XVIII, ya sean ellos conspiradores políticos que querían el fin de la monarquía en las diferentes conjuraciones o incluso miembros de la élite política y económica estudiando en Coímbra. Así, el anticristianismo cruzó el siglo XIX y alcanzó el XX como un movimiento de “descristianización interior”, en gran parte impulsado por las fuerzas secularizantes originarias de filosofías como el positivismo, el anarquismo, socialismo y modernismo. Movimiento huidizo, el anticristianismo sólo puede entenderse en conjunto con el proceso de secularización y laicización en marcha.
Peer review: yes
URI: http://hdl.handle.net/10451/28266
ISSN: 2446-7189
Versão do Editor: https://seer.ufs.br/index.php/revec/article/view/3650/3115
Aparece nas colecções:FL - CLEPUL - Artigos em Revistas Internacionais

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Rogerio_Luiz_de_Sousa.pdf274,05 kBAdobe PDFVer/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpace
Formato BibTex MendeleyEndnote 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.