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http://hdl.handle.net/10451/52285
Título: | Edible zombis: fresh fish and the industry of cosmetic corpses |
Autor: | Baptista, João Afonso Truninger, Monica |
Data: | 2022 |
Citação: | Baptista, J. A., Truninger, M. (2022). Edible zombis: fresh fish and the industry of cosmetic corpses. Journal of the Royal Anthropological Institute, 28(2): 556-576 (First published: 17 March 2022) DOI: https://doi.org/10.1111/1467-9655.13709 |
Resumo: | A investigação sobre produtos da pesca em Portugal levou-nos a um enigma: para que um peixe morto seja fresco, tem de estar vivo. Este paradoxo manifesta-se aos níveis popular, comercial e legal. Indica a interrupção da diferença entre estar morto e estar vivo sob a condição de mercadoria. Em Portugal, a comercialização de peixe fresco assenta na produção e consumo de ‘zombis’ comestíveis: cadáveres de pescado tecnologicamente e simbolicamente trabalhados como mortos-vivos. Como conceito aberto, o ‘zombi comestível’ faz parte de um vocabulário experimental que coloca em primeiro plano a agência produtiva, tanto biológica como comercial, dos mortos-vivos dentro do complexo económico do pescado. O conceito está ligado à prática corrente da necromancia no mundo baseado em mercadorias. Os zombis comestíveis são mercadorias fetichizadas que fetichizam as pessoas que as produzem e as consomem, suspendendo-as do sistema capitalista em que vivem. |
Peer review: | yes |
URI: | http://hdl.handle.net/10451/52285 |
DOI: | 10.1111/1467-9655.13709 |
ISSN: | 1359-0987 |
Versão do Editor: | https://rai.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1467-9655.13709 |
Aparece nas colecções: | ICS - Artigos |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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