Utilize este identificador para referenciar este registo:
http://hdl.handle.net/10451/54181
Título: | Disfunção miccional após cirurgia de incontinência urinária com colocação de sling de uretra média (TVT-O™/TVT-Abbrevo®) em mulheres com bexiga hipoativa versus bexiga normocontrátil |
Autor: | Fernandes, Sara Filipa Sousa |
Orientador: | Ribeiro, Samuel Henriques, Alexandra |
Palavras-chave: | Incontinência urinária de esforço Incontinência urinária mista Sling da uretra média Bexiga hipoativa Disfunção miccional |
Data de Defesa: | Jul-2021 |
Resumo: | Objetivo: Este estudo pretende comparar o risco de disfunção miccional após cirurgia de incontinência urinária com colocação de sling da uretra média em mulheres com bexiga hipoativa versus bexiga normocontrátil.
Material e Métodos: Estudo observacional retrospetivo que incluiu mulheres com incontinência urinária de esforço ou mista, submetidas a correção cirúrgica com sling da uretra média no serviço de Ginecologia do Hospital de Santa Maria, entre 2004 e 2018. Foram excluídas doentes com prolapso de órgão pélvico de grau superior ou igual a 3, cirurgia pélvica/sagrada prévia, ou uropatia obstrutiva baixa. Com base no exame urodinâmico pré-operatório, foram divididas no grupo em estudo (bexiga hipoativa) e no grupo de controlo (bexiga normocontrátil). Avaliaram-se os dados das consultas dos 6, 12, 24 e 48 meses após cirurgia. A presença de sintomas do trato urinário inferior e/ou agravamento de urgência miccional foram utilizados como indicadores de disfunção miccional. O teste da tosse negativo foi utilizado como definição de cura objetiva. Os desfechos subjetivos foram avaliados utilizando o King’s Health Questionnaire. Registaram-se as complicações peri-operatórias.
Resultados: Das 110 mulheres analisadas, 89 apresentavam bexiga normocontrátil e 21 bexiga hipoativa. Não se observaram diferenças entre os dois grupos quanto à taxa de disfunção miccional em cada consulta de seguimento. No grupo de controlo observou-se um aumento (p=0,011) da disfunção miccional ao longo das consultas, sobretudo entre as consultas dos 6 e 12 meses e a dos 48 meses (48,3% vs 34,10%; p=0,039; 48,3% vs 33,70%; p=0,017). O grupo em estudo apresentou uma maior taxa de cura subjetiva (94,70% vs 71,40%; p= 0,038) e uma pontuação de KHQ inferior (23,00 vs 25,50; p=0,013). Não foram registadas diferenças quanto às complicações pós-operatórias.
Conclusão: Doentes com bexiga hipoativa não aparentam desenvolver maior taxa de disfunção miccional que as doentes com bexiga normocontrátil após cirurgia com slings da uretra média. Objective: The aim of this study was to compare the voiding dysfunction rates of patients with underactive bladder versus normal contracting bladder, after surgical treatment of female stress urinary incontinence with standard mid-urethral slings. Material and Methods: Retrospective observational study that included women with stress or mixed urinary incontinence, who underwent mid-urethral sling surgery in Santa Maria’s Hospital Department of Gynecology, between 2004 and 2018. Exclusion criteria included presence of stage 3 or 4 pelvic organ prolapse, previous pelvic or sacral surgery or obstructed uropathy. The patients were separated in the underactive bladder (study group) or normal bladder group (control group) depending on the results of the urodynamic studies. Data from the follow-up appointments at 6,12,24 and 48 months after surgery was analyzed. Presence of lower urinary tract symptoms and worsening of urgency was used as the definition of voiding dysfunction. A negative cough stress test was used as the definition of objective cure. Subjective outcomes were assessed with the King’s Health Questionnaire. Intra and postoperative complications were also recorded. Results: Of the 110 women, 89 had normal bladder and 21 underactive bladder. There were no statistically significant differences between the two groups in terms of risk of voiding dysfunction. The control group had a statistically significant increase in voiding dysfunction at each follow-up point (p=0,011), mainly between the 6 month and 12 month when compared with 48 month evaluation (48,3% vs 34,10%; p=0,039; 48,3% vs 33,70%; p=0,017). The study group had a higher subjective cure rate (94,70% vs 71,40%; p= 0,038) and a lower KHQ score (23,00 vs 25,50; p=0,013). No significant differences regarding postoperative complications were noted. Conclusion: Patients with underactive bladder appear to have the same risk of voiding dysfunction as patients with normal bladder, after standard mid-urethral slings surgery. |
Descrição: | Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021 |
URI: | http://hdl.handle.net/10451/54181 |
Designação: | Mestrado Integrado em Medicina |
Aparece nas colecções: | FM – Trabalhos Finais de Mestrado Integrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
SaraFFernandes.pdf | 720,74 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir Acesso Restrito. Solicitar cópia ao autor! |
Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.