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Título: “porque as notórias Antiguidades são bases de histórias” – A tradição épica antiga no Viriato Trágico de Brás Garcia de Mascarenhas
Autor: Fonseca, Rui Carlos Reis, 1984-
Palavras-chave: Viriato Trágico
Brás Garcia de Mascarenhas
Poesia épica
Literatura portuguesa
Estudos de recepção
Data: Nov-2023
Editora: Edições Colibri; Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Citação: Fonseca, Rui Carlos (2023), «“porque as notórias Antiguidades são bases de histórias” – A tradição épica antiga no Viriato Trágico de Brás Garcia de Mascarenhas», in Cristina PIMENTEL e Paula MORÃO (coord.), Ricardo NOBRE, Rui Carlos FONSECA, Joana VEIGA (ed.), A Literatura Clássica ou os Clássicos na Literatura: Presenças Clássicas nas Literaturas de Língua Portuguesa, vol. 6, Lisboa, Edições Colibri, pp. 81-101.
Resumo: Neste ensaio, discutem-se alguns temas e episódios da épica greco-latina presentes em Viriato Trágico de Brás Garcia de Mascarenhas. Este é um poema épico seiscentista, composto após a Restauração da Independência de 1640, mas publicado postumamente em 1699. O herói é Viriato, que lidera a resistência militar dos Lusitanos contra a ocupação romana no século II a. C. Tratando-se de uma narrativa bélica, permeiam-na não só um profundo sentimento de patriotismo nacional, como também o ideal do código heróico da Ilíada. Tal como no poema homérico, também o poeta português exalta a entrega incondicional à guerra, enfrentando-se o risco da morte, como meio para se obter renome e glória imperecível, porque “a fama se alcança com perigo” (V.T. I, 3), “sem grã sangue não há grã vitória” (V.T. I, 8) e “vive eternamente” quem morre a combater pela pátria (V.T. IV, 62). São também analisados episódios inspirados nas epopeias antigas. Brás Garcia de Mascarenhas serve-se do repositório de histórias, temas e motivos que configuram o género épico. São disso exemplo a chegada do herói ao templo de uma deusa, onde observa com grande admiração pinturas que retratam “toda a militar glória terrena” e “os varões mais singulares” (cantos de abertura de V.T. e da Eneida); as expedições nocturnas em território inimigo (canto 4 de V.T., canto 10 da Ilíada e canto 9 da Eneida); e o episódio em que dois combatentes, de exércitos adversários, decidem não combater um contra o outro (canto 5 de V.T. e canto 6 da Ilíada).
Peer review: yes
URI: http://hdl.handle.net/10451/61784
ISBN: 978-989-566-307-1
Versão do Editor: http://hdl.handle.net/10451/60073
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