Desenvolver a competência comunicativa oral em inglês: um estudo no 1º Ciclo do Ensino Básico

Abstract

competência comunicativa oral (CCO) é uma componente essencial do processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira, uma vez que procuramos cidadãos capazes de comunicar oralmente em diferentes contextos. Sabemos que a comunicação oral eficaz surge quando o falante conjuga diferentes aspetos linguísticos, cognitivos, socioemocionais e culturais. No entanto, falar uma língua estrangeira, em contexto educativo, é muitas vezes apontado como a maior fragilidade e desafio apresentado aos alunos. Neste relatório pretendemos, por isso, evidenciar a importância de se trabalhar o desenvolvimento da CCO em aula de Inglês no 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) como um caminho progressivo, no qual os alunos são expostos regularmente a atividades de interação oral, tendo o professor um papel de orientador e facilitador das aprendizagens. Este trabalho apresenta um projeto de intervenção didática numa turma do 4.º ano, no âmbito da prática pedagógica de Ensino de Inglês no 1.º CEB, que teve como objetivo potenciar o tempo efetivo de comunicação oral em Língua Inglesa por parte dos alunos. Esta investigação-ação pretendia perceber como podemos criar oportunidades para o desenvolvimento da CCO, bem como analisar as atitudes, conhecimentos e capacidades demonstrados pelos alunos no que respeita à prática da oralidade. Os dados recolhidos evidenciam que uma exposição frequente a atividades de comunicação oral é benéfica para os alunos do 1.º CEB, não só ao nível dos conhecimentos linguísticos, mas também socioemocionais. No decorrer deste projeto, os alunos valorizaram e manifestaram interesse pelas tarefas de oralidade, com especial destaque para as mais lúdicas, revelando progressos tanto na capacidade de se comunicar oralmente em Inglês, como nas atitudes demonstradas em relação a estas atividades. Este estudo aponta ainda para a necessidade de se criarem oportunidades diversificadas para a prática da interação oral entre pares, visando não só o desenvolvimento da CCO, como a possibilidade de avaliação por parte do professor, e de autoavaliação e melhoria pelos próprios alunos.

communicative competence is an essential component of the teaching-learning process of a foreign language since we are looking for citizens able to communicate orally in different contexts. Oral communication arises when the speaker combines different linguistic, cognitive, socio-emotional, and cultural aspects. However, speaking a foreign language in an educational context is often pointed out as the greatest weakness and challenge presented to students. In this report, we intend to highlight the importance of working on the development of oral communicative competence in English Primary Education, in a way in which students are regularly exposed to activities of oral interaction, with the teacher being a guide and facilitator of learning. This work presents a didactic intervention project in a 4th year class, within the scope of the pedagogical practice of Teaching English in Primary School, which aimed to enhance the time of students’ oral communication in English. This action-research intended to understand how we can create opportunities for the development of oral communicative competence in Primary English classes, as well as to analyse the attitudes, knowledge and skills demonstrated by students regarding speaking. The data collected showed that regular exposure to oral communication activities is beneficial for primary students, not only in terms of linguistic knowledge, but also at socio-emotional levels. During this project, the students valued and demonstrated interest in oral communicative tasks, with special emphasis on the more playful ones, and showed progress both in the ability to communicate orally in English, and in the attitudes in relation to these activities. This study also points to the need to create diversified opportunities for the practice of peer oral interaction, aiming not only at the development of oral communicative competence, but also at the possibility of assessment by the teacher, and self-assessment and improvement by the students themselves.