Humanização na atenção básica de saúde na percepção de idosos

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Data

2014-03-01

Autores

Lima, Thaís Jaqueline Vieira De
Arcieri, Renato Moreira [UNESP]
Garbin, Clea Adas Saliba [UNESP]
Moimaz, Suzely Adas Saliba [UNESP]
Saliba, Orlando [UNESP]

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Editor

Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Saúde Pública
Associação Paulista de Saúde Pública

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar a percepção do idoso quanto ao cuidado humanizado na atenção básica de saúde, com enfoque sobre os aspectos do atendimento ambulatorial que interferem na qualidade do atendimento. Para isso, realizou-se um estudo do tipo transversal, abrangendo todas as unidades básicas de saúde de um município do interior do Estado de São Paulo, por meio de entrevistas dirigidas aos idosos que frequentavam essas unidades. O instrumento utilizado foi desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que, em busca de maior objetividade para a avaliação da qualidade do cuidado à saúde, propôs o conceito de responsividade, para referir-se aos elementos não diretamente ligados ao estado de saúde, e sim aos envolvidos no atendimento acolhedor e resolutivo com responsabilidade e vínculo. Dessa forma, os domínios de responsividade avaliados foram: pronta atenção, dignidade, comunicação, autonomia, escolha dos profissionais, confidencialidade e estrutura física e conforto. Os resultados foram analisados através do software Epi Info 3.5.2. Verificou-se que alguns domínios da atenção em saúde, altamente valorizados pelos idosos, tiveram desempenho bem inferior, como: Autonomia, em que apenas 54,4% tiveram liberdade para tomar decisões sobre sua saúde ou tratamento; e Comunicação, em que 67,6% não obtiveram informações sobre outros tipos de tratamentos ou exames e 79,2% não tiveram oportunidade para esclarecimentos quanto às dúvidas sobre o tratamento. Sugere-se, portanto, mudanças nos serviços de atenção básica à saúde prestados, principalmente quando se trata de idosos, uma população especial que necessita receber uma assistência diferenciada.
The objective of this study was to analyze the perception of the elderly population on how humanized is primary health care, focusing on aspects of outpatient services that affect the quality of care. For this purpose, a cross-sectional study was performed, covering all units offering primary health care in a city in the state of São Paulo, by means of interviews targeted at the elderly who attend these units. The instrument used was developed by the World Health Organization (WHO) that proposed the concept of responsiveness searching for greater objectivity in the assessment of healthcare quality. This concept refers to the elements that are not directly linked to the health status, but those involved in the friendly and decisive service with responsibility and bonding. The areas of responsiveness were: prompt attention, dignity, communication, autonomy, option of professionals, confidentiality and physical structure and comfort. The results were analyzed at the Epi Info 3.5.2 software. It was found that some areas of health care, highly valued by older people, had lower performance, for instance: Autonomy, where only 54.4% were free to make decisions about his/her health or treatment, and Communication, in which 67.6% did not obtain information on other types of treatments or tests and 79.2% had no opportunity for clarification regarding questions about their treatments. It is suggested, therefore, that changes should be made in services provided by primary healthcare units, especially when it comes to seniors, a special population that needs to receive a special service.

Descrição

Palavras-chave

Humanização da assistência, Serviços de saúde, Políticas públicas, Assistência a idosos, Humanization of Assistance, Health Services, Public Policies, Elderly Care

Como citar

Saúde e Sociedade. Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.Associação Paulista de Saúde Pública., v. 23, n. 1, p. 265-276, 2014.