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Fundação UNI - Botucatu: a construção de um novo paradigma na formação de profissionais da saúde

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Universidade Estadual Paulista (Unesp)

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Resumo

A Fundação UNI, criada em 28 de novembro de 1997, é um desdobramento do Projeto UNI após 5 anos de desenvolvimento em Botucatu. Os Projetos UNI, apoiados no seu ideário, abraçaram o desafio de ajudar a construir novas relações entre a Universidade, os Serviços de Saúde e a Comunidade, na busca de uma melhor forma de ensinar, de fazer e de participar na Saúde. O ensino das profissões habitualmente fundamentado na presunção de que o domínio e transmissão de conhecimentos e habilidades, conduzem a uma prática profissional adequada, baseiam-se em currículos que privilegiam a aquisição de bagagem cognitiva, psicomotora, e em menor extensão, a afetiva. Inclusive com práticas que não simulam ou não são situações de trabalho concretos. Após a Conferência de Alma-Alta (OMS-1978) a valorização da atenção primária e o surgimento de atividades "extra-muros" tiveram a adesão de várias faculdades brasileiras, emergindo novas propostas de ensino com destaque para os programas IDA (apoio da Fundação Kellogg) visando a formação de profissionais generalistas. No início da década de 90 a Fundação Kellogg fomenta e estimula um novo programa "Uma Nova Iniciativa na Formação de Profissionais de Saúde: em União com a Comunidade" - O Programa UNI. Desenvolvido em 23 cidades da América Latina, 6 no Brasil. Em Botucatu, em atividade desde 1993 tem funcionado como elemento catalisador e aglutinador de diversos processos de transformação como a Reforma Curricular no Curso de Medicina e no Curso de Enfermagem, com reformulação de objetivos, métodos e conteúdos do modelo tradicional de ensino, centrado no hospital universitário, deslocando-o mesmo que parcialmente para serviços básicos e hospitais comunitários; assim como ocupando espaços sociais como creches, escolas, domicílios em diferentes programas de saúde. Para tanto, a reorganização do Sistema Local de Saúde (SILOS) se fez necessária assim como uma participação mais ativa da comunidade em novas práticas de saúde, no exercício dos mecanismos de controle social e na formulação de políticas públicas em saúde. Os avanços na área de ensino foram: Envolvimento de docentes da maioria dos Departamentos; Ensino em novos e diversificados cenários (SILOS, Escolas, Creches, Domicílios); Envolvimento de profissionais de saúde do SILOS em atividades de ensino centrada no aluno (por exemplo: Aprendizagem Baseada em Problemas); Ensino orientado em bases epidemiológicos com caráter multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. Os avanços na assistência à saúde (SILOS-Botucatu) mais significantes foram: Maior cobertura da população em problemas específicos; Atenção secundária desvinculada do hospital universitário em algumas áreas, mas articulada com o mesmo; Alterações de indicadores de saúde (por exemplo: diminuição da mortalidade materna); Formalização das Unidades Básicas do SILOS enquanto locais de Assistência e Ensino. Os avanços na participação comunitária foram detectados pela: Construção de novos espaços de participação formais e informais; Ampliação do número de Associações de Bairros e de Conselhos de Saúde; Ampliação de ONGs e participação maior de Sindicatos nas questões de saúde; Capacitação e desenvolvimento de lideranças; Participação mais efetiva na Gestão do SILOS. Os Programas desenvolvidos pela Fundação UNI são: Assistência ao Parto no Hospital Comunitário (nível secundário); Programas de Saúde Mental, Oftalmologia e Dermatologia com cirurgia ambulatorial (nível secundário); Programa de Pediatria Social nas Unidades Básicas e Saúde Escolar em creches, escolas e domicílios, Terapia Antálgica (domiciliar) sendo os últimos com características de atenção primária à saúde. Tem-se dado apoio a programas comunitários desenvolvidos por ONGs do município como as de deficientes físicos, associação de familiares pacientes e profissionais de saúde mental, movimento de ação da cidadania e outros. Ressalta-se também a atuação em áreas de formação em diferentes níveis e temas: gestão e planejamento, formação de lideranças e avaliação de programas. Enfim, os novos modelos de formação buscam estimular a autonomia, o auto aprendizado e a educação permanente contribuindo não só para a formação de cidadãos plenos com melhor qualidade bem como para o exercício de práticas mais abrangentes e relevantes no campo da atenção a saúde.

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