Estudo de Corynelia oreophila (Speg)Starb. e de Corynelia brasiliensis Fitz. em espécies de Podocarpus no Estado do Paraná
Resumo
O presente trabalho teve por objetivo principal a identificação dos agentes patológicos sobre espécies de Podocarpus, em materiais coletados pelo autor nas seguintes localidades:
a)- Manancial da Serra: Município de Piraquara, foi coletado o Podocarpus sellowii, conhecido vulgarmente por pinheiro do mato.
b)- Fazenda Experimental do Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná: município de Piraquara, nesta localidade foi coletado o Podocarpus lambertii, conhecido vulgarmente por pinheirinho bravo.
c)- Guatupê: município de São José dos Pinhais foi coletado o Podocarpus lambertii.
Como na literatura consultada no foi mencionada a sintomatologia nas duas espécies de Podocarpus, procurou-se dar ênfase nesse sentido. Outro aspecto, não menos importante, foi a descrição da C. oreophila sobre P. sellowii que ainda não havia sido descrita no Brasil.
Uma outra particularidade deste trabalho foi a descrição da forma imperfeita ou assexual de C. oreophila e C. brasiliensis, pois embora FITZPATRICK³ houvesse mencionado tal ocorrência não foram suficientemente descritas.
Para a identificação do patógeno foram feitas diagnoses diretas e indiretas.
Para a diagnose direta limitou-se a preparação da lâminas a partir de cortes histológicos do seu sistema vegetativo e de reprodução e para diagnose indireta foram enfocados ainda o seu isolamento e sua patogenicidade.
No aspecto etiológico foram estudadas as formas perfeita e imperfeita nas duas espécies patológicas já citadas Na forma perfeita foram descritos os peritécios, a coloração e forma das ascas e dos ascosporos, bem como as suas respectivas dimensões.
Na forma imperfeita foram descritos os picnidios, os conidios e conidióforos.
Ainda neste aspecto foi feita uma comparação dos sintomas resultantes da atividade patológica de C. oreophila e de C. brasiliensis, respectivamente sobre P. sellowii e P. lambertii evidenciando as características de cada uma delas.
Procurou-se evidenciar a semelhança dos órgãos de reprodução, no caso as ascas e os ascosporos, e por outro lado as diferenças que elas exibem entre si e caracterizam o ponto fundamental para a diferenciação entre as duas espécies, ou seja, o número de lóbulos em cada uma das espécies já citadas.
Outro aspecto desse trabalho foi determinar a temperatura ótima para o desenvolvimento das hifas dos dois agentes etiológicos a partir dos isolados de C. oreophila e de C. brasiliensis desenvolvidos em meio de cultura ABD em placas de Petri a 4 níveis de temperatura. O ensaio executado mostrou que a melhor temperatura foi de 25°C, segundo a analise estatística.
Numa tentativa de verificar os danos causados por C. oreophila e C. brasiliensis sobre as duas espécies de Podocarpus, foram medidas cerca de 150 acículas de cada uma das espécies e cerca de 60 manchas necróticas de cada um dos agentes patológicos.
Os dados coletados foram submetidos a fórmula de percentagem de infecção, e obteve-se 10,24% de diminuição de área foliar para Podocarpus sellowii e de 10,07% para Podocarpus lambertii.
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