Inventariando alforrias em Curitiba : 1860-1888
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Data
2014Autor
Santos, Carla Fernanda dos, 1992-
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Resumo : Esta pesquisa teve como objetivo abordar as relações sociais de escravidão na comarca de Curitiba, no período de 1860 a 1888, através de testamentos e inventários presentes no Arquivo Público do Paraná (DEAP), nos quais busquei caracterizar a população escrava arrolada nas fontes e problematizar as manumissões encontradas nesses documentos. O tema da alforria é fartamente abordado pela historiografia brasileira e grande parte dos pesquisadores ressalta a relevância que a morte do senhor representa na vida dos cativos. Sendo assim, explorar estes documentos é um exercício de fundamental importância para a compreensão deste universo. A escravidão no Paraná mostra-se diversa quando comparada às áreas agroexportadoras do contexto brasileiro, como o centro-sul, pelo papel econômico peculiar que a província desempenhou, destinada basicamente à produção de gêneros de abastecimento. A historiografia referente à escravidão neste local aponta a existência de pequenas escravarias e muitos senhores, constituindo um locus social bastante hierarquizado. A pesquisa com as fontes confirmou esta tese, pois, dentre os 680 inventários examinados, as três maiores escravarias encontradas eram compostas por 13 escravos, número bastante diminuto em relação às áreas de plantation. Foram encontrados 268 escravos para o período, sendo 127 do sexo feminino (47%) e 141 do sexo masculino (53%). Através da metodologia escolhida para o alcance desses resultados - leitura, fichamento, transcrição e confecção de tabelas de dados -, a pesquisa foi desenvolvida com o propósito de investigar nas fontes as relações escravistas curitibanas na segunda metade do século XIX.
Palavras chave: Escravidão; Alforria; Testamento; Inventário.